Mosquito Aedes aegypti: de acordo com Montiel, o plano também busca combater a dengue e o chikungunya, que "não estão completamente controlados" (Thinkstock/AbelBrata)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 16h27.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apoiará a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) na elaboração de um plano contra o vírus do zika na América Latina - informou nesta terça-feira uma fonte da instituição financeira no Panamá.
"O Banco está em diálogo direto com a OPAS e com os outros atores da saúde para coordenar uma iniciativa imediata de apoio aos países da região" na luta contra o zika, disse, durante uma coletiva de imprensa, Gina Montiel, gerente geral do BID no México, América Central e República Dominicana.
A contaminação do zika acontece a partir da picada do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor do vírus da dengue e da chikungunya.
Honduras decretou, na segunda-feira, estado de emergência nacional pela epidemia do vírus, com 3.700 pessoas infectadas; em El Salvador, foram registrados mais de dois mil casos, assim como 105 contaminações na Guatemala, 50 no Panamá, sete na Nicarágua e duas na Costa Rica.
Segundo Montiel, o BID e a OPAS analisam, ao lado de vários países da região afetados pelo vírus, uma estratégia para tornar mais efetivo o combate à doença.
Contudo, o BID aguarda a concretização do plano da OPAS para definir o custo da pesquisa nos países latino-americanos, segundo Montiel.
A gerente geral manifestou que "a parte preventiva é muito importante e tem que contar com a educação e participação da comunidade" para evitar a reprodução dos mosquitos.
De acordo com Montiel, o plano também busca combater a dengue e o chikungunya, que "não estão completamente controlados".
"Estamos tentando obter um plano que ataque estas três doenças de maneira conjunta, já que o mecanismo de transmissão é similar", explicou.