Nova bandeira de Belo Horizonte apresenta um design minimalista e foi criada por um designer local (Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 6 de outubro de 2024 às 15h18.
Última atualização em 6 de outubro de 2024 às 15h31.
Neste domingo, 6, os eleitores de Belo Horizonte (MG) têm uma tarefa adicional nas urnas além de escolherem prefeito e vereadores. A capital mineira realiza um referendo para decidir se a cidade adotará uma nova bandeira ou manterá o brasão atual.
A nova proposta de bandeira, aprovada pela Câmara Municipal (CMBH) em 2023, foi criada por um designer belo-horizontino e busca representar a identidade jovem da cidade.
Atualmente, a bandeira de BH usa o brasão da cidade sobre um fundo branco. A nova proposta, no entanto, adota um estilo mais minimalista. Ela traz elementos que representam o pico Belo Horizonte, na Serra do Curral, simbolizado por um triângulo verde, e o sol.
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Segundo os defensores da mudança, esse design mais simples facilitaria o uso popular, tal como acontece com as bandeiras de Minas Gerais e do Brasil. Eles também argumentam que o brasão não é uma bandeira "oficial" e que a proposta reforçaria a identidade cultural da cidade.
Por outro lado, os críticos da proposta se queixam da falta de alternativas no referendo. Apenas uma opção de nova bandeira foi apresentada, e não houve audiências públicas para discutir o tema.
Também há preocupações sobre os custos de troca das bandeiras em prédios públicos, estimados entre R$ 200 e R$ 300 por unidade. O governo municipal esclarece que o brasão continuará sendo usado em uniformes e ônibus, mas que, se aprovada, a nova bandeira substituirá a atual em repartições públicas.
Apesar das opiniões divididas, a nova bandeira já começou a aparecer em produtos comerciais como cangas e bonés, e até mesmo na decoração de restaurantes populares na cidade, como a Cozinha Tupis e o Florestal, e o Carnaval.
Além das críticas à proposta, alguns questionam a falta de publicidade em torno do referendo. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) não permitiu a veiculação de propagandas gratuitas sobre o tema na rádio e na TV, restringindo a publicidade a campanhas pagas pelas frentes favoráveis ou contrárias à bandeira.
Outra polêmica envolve a ausência das imagens das bandeiras nas urnas eletrônicas. Por motivos técnicos, os eleitores só poderão visualizar os modelos em cartazes afixados nas seções eleitorais, antes de votar.
Nas urnas, a votação sobre a bandeira de BH será a última, após a escolha para prefeito e vereadores. Para optar pela nova bandeira, o eleitor deve apertar o número 1; para manter a bandeira atual, deve apertar 2. Também será possível votar em branco ou anular o voto. Caso a nova bandeira não seja aprovada, não há previsão para um novo referendo sobre o tema.