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Não é conveniente votar decreto de conselhos, diz Berzoini

Ministro afirmou que "não é conveniente" colocar em votação o decreto que regulamenta os conselhos de participação social


	Presidente Dilma Rousseff da posse ao novo ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Relações Institucionais
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Presidente Dilma Rousseff da posse ao novo ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Relações Institucionais (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 21h19.

Brasília - Em linha com a tese do governo de que eleições não representam o momento de votações polêmicas no Congresso, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, afirmou que "não é conveniente" colocar em votação o decreto que regulamenta os conselhos de participação social.

Assinado pela presidente Dilma Rousseff, o texto cria o Sistema Nacional de Participação Popular. Para Berzoini, os parlamentares deveriam votar projetos que tenham consenso.

"Achamos que esse tema não é conveniente votar em pleno processo eleitoral", afirmou Berzoini, após explicar que considera "razoável que haja um debate político sobre isso".

Para o ministro, "se se quer votar outras matérias, evidentemente que não se pode provocar impasse". E completou: "o impasse só interessa a quem quer obstruir a pauta da Câmara e do Senado."

Mais cedo, o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS) já tinha dito que ia tentar convencer as demais lideranças a não colocar em votação o decreto que trata da participação social.

Já as declarações de Berzoini foram dadas ao chegar no Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável.

"Os partidos da base aliada vão tentar dialogar para construir uma pauta que seja possível de ser votada. Temos pouco tempo e precisamos garantir que, se houver quórum, a Câmara vote alguns projetos de interesse da população", emendou Berzoini, ao defender que se deixe temas polêmicos como este para outra ocasião.

O Congresso realiza, esta semana, um esforço concentrado para tentar aprovar medidas já que tanto a Câmara quanto o Senado ficam em recesso branco durante a campanha eleitoral.

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