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Governo não tem medo da CPI da Petrobras, diz Berzoini

Ministro classificou a possibilidade de instalação de uma CPI como uma estratégia "eleitoreira" da oposição

Presidente Dilma Rousseff da posse ao novo ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Relações Institucionais (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Presidente Dilma Rousseff da posse ao novo ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Relações Institucionais (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 19h06.

Brasília - Recém-empossado ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ricardo Berzoini classificou nesta quinta-feira, 3, a possibilidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras como uma estratégia "eleitoreira" da oposição. Em sua primeira semana de atuação como ministro, Berzoini disse que ninguém do governo está à beira de um ataque de nervos com a iminência de investigação da estatal e rebateu críticas do PSDB.

"O governo não tem medo da CPI da Petrobras. O governo, inclusive, já enfrentou uma CPI da Petrobras em 2009 e 2010. A questão é que a tentativa da oposição tem objetivo eleitoral", argumentou o ministro, que estreou nesta semana na articulação política do Palácio do Planalto. Para Berzoini, não há crise política no governo. "É um momento de turbulência e aquecimento, mas decorrente da disputa eleitoral que se avizinha", insistiu.

Sobre o valor pago pela Petrobras na operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, Berzoini ponderou que não é possível fazer uma comparação simples entre diferentes períodos. "Primeiro, porque o preço desses ativos varia de acordo com a conjuntura. Segundo, porque não se contabilizou os estoques e os investimentos feitos entre a compra original da Astra e a compra da Petrobras. Terceiro, porque há uma questão que tem a ver com a demanda por refino de petróleo em cada período", comentou.

O ministro rebateu os ataques da oposição sob o argumento de que a gestão da Petrobras durante os governos do PT foi muito melhor que as do PSDB. No seu diagnóstico, a administração da estatal no governo Fernando Henrique Cardoso foi marcada por negócios "complicados" e pelo afundamento de uma plataforma de petróleo. Em 2001, a plataforma P-36 sofreu explosões e submergiu na bacia de Campos.

Volta, Lula

Berzoini garantiu que Dilma será candidata à reeleição e disse não haver possibilidade de sua substituição pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Meu slogan é 'Dilma de novo, com apoio do Lula e do povo'", afirmou, numa referência ao mote da campanha do então presidente Lula ao segundo mandato, em 2006.

Na sua avaliação, o ex-presidente pode voltar a disputar o Palácio do Planalto, mas somente em 2018. "É possível e vai depender da conjuntura. Nossa meta é reeleger Dilma. Fazer previsões para 2018 é tempo demasiadamente longo", disse Berzoini.

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