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Bernardo: reforma tributária é para 1o ano de governo

Primeira medida de um eventual governo Dilma seria destravar a reforma tributária, que já em tramitação no Congresso

Paulo Bernardo, ministro do Planejamento (Ricardo Moraes/REUTERS)

Paulo Bernardo, ministro do Planejamento (Ricardo Moraes/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 10h53.

Brasília - A prioridade de Dilma Rousseff (PT) no primeiro ano de governo, caso eleita, deve ser aprovar a reforma tributária já em tramitação no Congresso e também a regulamentação das mudanças na aposentadoria do funcionalismo público, afirmou à Reuters o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo.

Ainda que essas medidas não tenham efeito de curto prazo, o ministro avalia que Dilma, caso vença as eleições, irá se deparar com um cenário fiscal relativamente favorável, com menor pressão de gastos de pessoal após os reajustes sucessivos promovidos pelo atual governo.

"Com a economia crescendo e a receita crescendo, e se você mantiver a política que nós estamos fazendo, vai ter muito mais espaço fiscal para fazer investimento", afirmou Paulo Bernardo nesta segunda-feira.

Ele descarta uma "inflexão" na política de gastos, mas diz que um governo Dilma seria "austero".

Paulo Bernardo também avaliou que, ao longo dos próximos quatro anos, o país terá condições de reduzir a meta de inflação, atualmente com centro em 4,5 por cento, para níveis mais próximos aos adotados nas grandes economias do mundo.

Em relação ao câmbio, Paulo Bernardo prevê que Dilma manterá a política do atual governo de tentar conter a valorização excessiva do real, mas sem fixar taxas.

"Vamos fazer a mesma coisa que nós estamos fazendo. Vamos provavelmente adotar medidas, mais medidas, como já estamos adotando, para evitar que o real se valorize tanto", afirmou.

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