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Bento Albuquerque enfrentou risco de racionamento e alta da gasolina

Reajuste do diesel foi tema de um dos últimos compromissos de Bento Albuquerque à frente da pasta

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
13/07/2021 (Adriano Machado/Reuters)

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque 13/07/2021 (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de maio de 2022 às 11h34.

Bento Albuquerque assumiu o Ministério de Minas e Energia em janeiro de 2019, logo no início do governo Bolsonaro. Sua gestão foi marcada pelo desafio de evitar um apagão no país, devido à crise hídrica, e pela alta dos preços dos combustíveis.

Com a disparada das cotações do petróleo no mercado internacional, o preço do diesel subiu 111% e a gasolina, 67%.

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Defensor da política de preços da Petrobras, um de seus últimos compromissos foi uma reunião, na segunda-feira, com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, sobre o reajuste de 8,87% no valor do diesel. A alta foi anunciada no começo do dia pela Petrobras.

O novo aumento do diesel afeta diretamente os caminhoneiros, que fazem parte da base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. E, para piorar, contribui de forma significa para o crescimento da inflação no país. Esses dois fatores levaram Bolsonaro a fazer duras críticas à Petrobras nos últimos dias.

Outro problema enfrentado por Albuquerque é a possibilidade de aprovação de um projeto de lei, em tramitação no Congresso, que suspende o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de uma concessionária do Ceará. Em um seminário, o ex-ministro reforçou o papel da Aneel e disse que é preciso respeitar os contratos e prezar pela segurança jurídica.

Almirante de esquadra brasileiro — a mais alta patente de oficial general das forças navais — Albuquerque esteve entre as figuras mais influentes da energia em 2019. Com a guerra na Ucrânia, o ministro anunciou que o Brasil aumentará em 10% sua produção de petróleo, o que gerou elogios dos Estados Unidos e da União Europeia.

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