Rumores: deram conta da saída de Bendine da presidência do banco estatal (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de julho de 2017 às 10h57.
Uma das polêmicas mais graves em que Bendine esteve envolvido foi um empréstimo do Banco do Brasil aprovado em sua gestão para a socialite Val Marchiori, no valor de R$ 2,7 milhões em outubro de 2014. O executivo foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra.
Val Marchiori é amiga pessoal de Aldemir Bendine. Na época, o banco informou não haver ilegalidade na operação.
Pivô de polêmica com Bendine, a socialite desejou boa sorte a Bendine quando ele assumiu o cargo na Petrobras, em fevereiro de 2015 e pediu que ele acabe com corrupção na Petrobrás.
No mesmo mês, rumores deram conta da saída de Bendine da presidência do banco estatal. O ministro da Fazenda, na época Guido Mantega, negou sua saída, afirmando que Bendine não estava "demissionário".
Ainda no ano passado, o executivo pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal após ter sido autuado por não informar a procedência de R$ 280 mil em sua declaração do Imposto de Renda. Bendine afirmou ao fisco que guardou o dinheiro em sua casa.
Em janeiro deste ano, Bendine pagou multa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para escapar de um processo por ter violado o período de silêncio durante o IPO (oferta pública inicial de ações, em inglês) da BB Seguridade.
Em 2012, uma disputa de poder entre Bendine e Ricardo Flores, na época presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fez com que Dilma Rousseff interferisse. A presidente ameaçou demitir ambos os executivos: "Roupa suja se lava em casa", afirmou. A disputa de poder começou na Vale, apurou a reportagem.