Coronavírus em bebês: casos de contaminação estão sendo registrados no Brasil e no mundo (Brooke Pennington/Getty Images)
Janaína Ribeiro
Publicado em 8 de abril de 2020 às 18h04.
Última atualização em 8 de abril de 2020 às 19h13.
O mais jovem a morrer pelo novo coronavírus no Brasil é um recém-nascido, com 4 dias de vida. O bebê morreu na terça-feira, 7, em Natal, e é a terceira morte registrada na capital potiguar. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) ao G1.
O parto aconteceu na madrugada do dia 3 de abril, e, segundo a secretaria, o bebê nasceu prematuro, com 30 semanas de gestação. Ele apresentou insuficiência respiratória e ficou na UTI neonatal, porém, não foi informado se já teria nascido com o problema respiratório ou se foi resultado da covid-19. A mãe, que está em isolamento domiciliar, ainda aguarda resultado para diagnóstico do coronavírus. Ao dar entrada na maternidade, ela apresentava quadro de hipertensão, diabetes, obesidade e síndrome respiratória a ser esclarecida.
Ainda será investigado sobre como se deu a contaminação do recém-nascido, se o contágio foi pós-parto ou não.
Há pelo menos mais dois casos de bebês contaminados pela doença no Brasil. A Secretaria Estadual de Saúde do Ceará confirmou a morte de uma bebê de 3 meses no último dia 3. Ela faleceu na cidade de Iguatu, no interior do Ceará, em decorrência de complicações como bronquiolite e pneumonia. O exame que detectou o coronavírus foi feito no dia em que a criança faleceu, a partir de amostras de secreções. Segundo os pais da criança, ela tinha Síndrome de Bartter - uma alteração nos rins que afeta a taxa de potássio no sangue - desde o nascimento.
Já nesta quarta-feira, 8, outro caso de bebê infectado pelo coronavírus foi confirmado na Bahia. O teste foi feito na recém-nascida após a mãe, que tinha 28 anos, morrer com a doença. Segundo o pai da criança, Erisvaldo Lopes dos Santos, 47 anos, ela está isolada sem sintomas. Em entrevista ao G1, ele afirmou que a bebê, hoje com 14 dias, foi fruto de uma inseminação artificial, já que a mãe não podia engravidar e "era o sonho dela".
A mãe da recém-nascida, Rafaela Silva, era professora e estudante de pedagogia e foi a sétima paciente a morrer infectada pelo coronavírus na Bahia.