Antonio Palocci: além desse valor, R$ 814 mil foram bloqueados da conta pessoal do ex-ministro da Fazenda (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2016 às 17h16.
A pedido do juiz federal Sério Moro, responsável pelos inquéritos da <a href="https://exame.com.br/topicos/operacao-lava-jato"><strong>Operação Lava Jato</strong></a> na primeira instância, o <a href="https://exame.com.br/topicos/banco-central"><strong>Banco Central</strong></a> (BC) bloqueou hoje (28) mais de R$ 814 mil de três contas bancárias do ex-ministro da Fazenda <a href="https://exame.com.br/topicos/antonio-palocci"><strong>Antonio Palocci</strong></a>. O ex-ministro foi preso temporariamente na última segunda-feira (26), na 35ª fase da Lava Jato.</p>
O BC informou hoje à Justiça Federal em Curitiba que também foram bloqueados R$ 30.064.080,41 da conta da empresa Projeto - Consultoria Empresarial e Financeira LTDA, que tem Palocci como um dos sócios.
Moro havia determinado o bloqueio preventivo de até R$ 128 milhões das contas bancárias do ex-ministro e também das contas do assessor de Palocci Branislav Kontic, e do ex-secretário da Casa Civil Juscelino Dourado.
De acordo com o Banco Central não foram encontrados valores nas contas de Juscelino Antonio Dourado. Já Branislav Kontic teve R$ R$ 1.501,03 bloqueados pela autoridade monetária do país.
De acordo com o força-tarefa da Lava Jato, Palocci teve atuação “intensa e reiterada” na defesa de interesses da empreiteira Odebrecht na administração pública federal. Segundo as investigações que resultaram na Operação Omertá, a empreiteira repassou R$ 128 milhões a uma conta que seria gerida pelo ex-ministro.
Defesa
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, rebateu as acusações contra o ex-ministro. “Isso é uma coisa absolutamente vaga, vazia. Para quem quer pretexto, isso é pretexto, mas o fato é que o ex-ministro da Fazenda tem que ter uma interlocução com o setor empresarial, com a cadeia produtiva do Brasil, para que se estabeleçam as políticas públicas. Se um ministro conversa com alguém da iniciativa privada, já é suspeito de praticar crime?”, questionou Batochio.