Leonardo Picciani disse que existe unidade para votar o texto como foi apresentado em seu parecer (Divulgação/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2015 às 15h23.
Brasília - Líderes da base governista na Câmara deixaram hoje (24) o Palácio do Jaburu otimistas com a votação do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamentos de empresas.
A expectativa é boa mesmo em uma semana atípica, em que o movimento de parlamentares está reduzido em função das comemorações de São João nos estados.
Os parlamentares discutiram as estratégias e posições das legendas com o vice-presidente da República, Michel Temer.
O relator do projeto e líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ) disse que existe unidade para votar o texto como foi apresentado em seu parecer.
O relator incluiu excepcionalidades para quatro setores, mantendo as atuais alíquotas sobre a receita bruta de empresas de comunicação social, call centeres, transportes e produtos da cesta básica.
“Há um ou outro ruído na articulação política, mas não será empecilho para a votação da matéria”, avaliou.
Picciani descartou que a reunião do partido na tarde de hoje tenha sido marcada para aparar arestas dentro da legenda. Segundo ele, a posição está fechada e a base defenderá o texto integralmente, rejeitando os destaques.
A expectativa é que o texto do projeto de lei comece a ser votado na noite de hoje, depois de concluída a votação da Medida Provisória 672 que cria regras para o reajuste do salário mínimo.
Os destaques, se não forem solucionados hoje, devem entrar na pauta de quinta-feira (25). “É importante para o ajuste [fiscal] que a medida seja definida o mais rapidamente possível", disse.
O deputado Sibá Machado (PT-AC), líder do partido na Câmara, reforçou o discurso e explicou que, mesmo com críticas às exceções criadas pelo relator, a bancada votará a favor do texto integral.
Ele antecipou que vai conversar com os parlamentares petistas para garantir que o projeto avance na sessão de hoje. Segundo Sibá, há tempo suficiente para as últimas negociações até que a matéria entre em votação no plenário.
“Estamos fazendo um esforço de acompanhar também nas excepcionalidades”, disse.