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Barroso defende adoção do distrital misto no Brasil

Neste sistema, o eleitor teria que votar duas vezes: no candidato de seu distrito e outra em uma lista fechada de nomes

Luis Roberto Barroso: "Precisamos melhorar a representatividade do parlamento" (Carlos Humberto/SCO/STF/Divulgação)

Luis Roberto Barroso: "Precisamos melhorar a representatividade do parlamento" (Carlos Humberto/SCO/STF/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 15h57.

Última atualização em 8 de setembro de 2017 às 20h36.

Washington - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira, 8, ver dificuldades com o sistema eleitoral brasileiro para a escolha de deputados, que, segundo ele, "gera resultados ruins".

"Precisamos melhorar a representatividade do parlamento", afirmou.

Barroso defendeu a adoção do sistema distrital misto, que está em discussão no Congresso e pelo qual o eleitor tem que votar duas vezes: no candidato de seu distrito e outra em uma lista fechada de nomes.

Ele também apoia a cláusula de barreira, que reduziria o número de partidos, e o fim das coligações.

De acordo com o ministro, o sistema eleitoral no Brasil é muito caro. "O sistema em lista eleitoral não funciona e não presta contas à sociedade", disse, emendando que, com o sistema em lista, "o eleitor não sabe no fundo em quem votou". Ainda na avaliação dele, o sistema partidário no Brasil tornou-se um negócio privado.

Em Washington, para palestra no Brazil Institute no Wilson Center, o ministro do STF afirmou ainda que "é preciso redimensionar Estado e fazer as reformas da Previdência e trabalhista".

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