Bares e restaurantes estão fechados há 100 dias na capital paulista (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de julho de 2020 às 09h21.
Última atualização em 4 de julho de 2020 às 12h38.
A Prefeitura de São Paulo havia negociado com os setores de bares e restaurantes que os horários de funcionamento parcial na cidade, enquanto durar a pandemia, poderia ser até as 22 horas, mas o horário teve de ser adaptado para se encaixar nas normas determinadas pelo governador do Estado, João Doria (PSDB). Os protocolos de segurança sanitária que liberam esses estabelecimentos, além de salões de beleza e barbearias, para funcionar a partir desta segunda-feira, 6, foram assinados na manhã deste sábado, 4.
A cerimônia de assinatura dos protocolos pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) foi transmitida pela internet, mas não houve espaço para jornalistas fazerem perguntas. O presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), primeiro a falar, destacou que restaurantes que funcionam exclusivamente à noite, como pizzarias e restaurantes japoneses, terão de permanecer fechados graças à determinação do governo do Estado.
"Faço aqui um apelo público ao governo do Estado, que limitou até as 17 horas. Não me parece lógico que assim seja do ponto de vista da saúde e ainda mais do ponto vista econômico", disse Tuma. Ele argumentou ainda que a abertura mais ampla evitaria aglomerações.
Covas não tocou no assunto abordado por seu aliado, e preferiu destacar que a liberação desses setores econômicos não significa que a atenção com relação à propagação do coronavírus possa ser diminuída. "Apesar dessa flexibilização, a pandemia não acabou", afirmou.
"Claro que estamos melhor do que há algumas semanas atrás, quando chegamos a ter 92% de ocupação dos leitos de UTI", afirmou o prefeito, ao apresentar um balanço da evolução da doença e das ações adotadas por sua gestão até o momento. Com menos casos novos e mais leitos de internação, a taxa de ocupação das UTIs nesta sexta-feira estava em 62%.
O protocolo com bares e restaurantes é um documento de nove páginas, que estabelece que os estabelecimentos devem ser desinfetados antes da reabertura e que funcionários que apresentem sintomas da doença devem fazer o teste para o coronavírus do tipo RT-PCR, tido como o mais seguro. Mas admite a presença de trabalhadores com mais de 60 anos, grupo de risco, no atendimento ao público.
A ocupação máxima deve ser de 40% da capacidade no momento. Se a cidade evoluir para a fase verde do plano de reabertura, poderão aumentar o limite para 60%.
Mesas deverão estar a ao menos dois metros de distância uma da outra. As cadeiras, a um metro de distância. Haverá um limite de seis pessoas por mesa. Eventos ou atividades que gerem aglomeração seguem proibidos. No caso dos restaurantes por quilo atendentes é que deverão manipular os alimentos e servir os clientes. O uso das calçadas também segue restrito, e não é permitido atender clientes em pé.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.