Regra: o atendimento nos estabelecimento só é permitido a pessoas sentadas. (Jonne Roriz/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 5 de agosto de 2020 às 13h18.
Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 14h07.
A partir desta quinta-feira, 6, o governo de São Paulo vai autorizar a abertura de restaurantes, bares, padarias e pizzarias até as 22 horas. Para conseguir a flexibilidade, é necessário que a região esteja há, pelo menos, 14 dias na fase 3 amarela da quarentena do Plano São Paulo.
A capital paulista seria a principal beneficiada porque está nesta etapa da abertura da economia há pouco mais de um mês. A Baixada Santista também poderia abrir. A regulamentação depende das prefeituras.
Antes da decisão, os estabelecimentos do setor de alimentação só podiam abrir até as 17 horas. Esta flexibilização do horário era uma demanda do setor, principalmente das pizzarias, que geralmente funcionam no período noturno.
"Depois de análise o Centro de Contingência, percebemos que não houve uma grande mudança no número de casos e de mortes com a retomada gradual deste tipo de serviço", disse o governador João Doria em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 5.
Apesar da alteração, o tempo máximo de abertura permanece o mesmo, 6 horas por dia. De acordo com o governador, o estabelecimento vai poder escolher se funciona por este período ininterruptamente ou se divide em duas etapas, almoço e jantar, por exemplo. A capacidade fica limitada a 40% de pessoas sentadas, com distanciamento de 2 metros entre as mesas. Não é permitida a permanência de clientes em pé.
No caso da cidade de São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que o protocolo assinado com o setor de alimentação já previa a abertura até as 22h. Por isso, não haverá a necessidade de um novo decreto e começa a valer assim que o governo do estado publicar a autorização.
Ainda de acordo com Covas, a prefeitura vai publicar um decreto regulamentando o uso de calçadas e de ruas por parte dos restaurantes de forma compartilhada. O teste será feito em vias do centro da capital, beneficiando 32 estabelecimentos.
"Neste projeto-piloto vamos destinar parte das calçadas e o espaço de estacionamento de carros para que os estabelecimentos possam construir espaços e ampliar a capacidade. Se der certo, a gente vai implementar em toda a cidade de São Paulo", explicou o prefeito em entrevista coletiva nesta quarta-feira.