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Barbosa: transição para PAC 2 deve frear investimentos

Secretário do Ministério da Fazenda que investimentos públicos devem representar pelo menos 25% do PIB

PAC: Nelson Barbosa acredita que os investimentos vão continuar com o PAC 2 (Oscar Cabral/VEJA)

PAC: Nelson Barbosa acredita que os investimentos vão continuar com o PAC 2 (Oscar Cabral/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 12h44.

O secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje que a transição da primeira para a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve promover uma natural desaceleração no ritmo de expansão dos investimentos públicos em 2011. Mesmo assim, ele salientou que os aportes federais devem fechar o ano que vem em pelo menos 25% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a taxa estimada para 2010.

Ele explicou que o encerramento de um programa de investimentos como o PAC 1 ocorre com uma desaceleração no ritmo das ações, assim como o ritmo inicial de um novo programa, como o PAC 2, também é mais lento do que a fase anterior, em pleno vapor. Por isso, é de se esperar uma menor intensidade na expansão do investimento federal no ano que vem.

De qualquer forma, Barbosa afirmou que o governo tem como seu principal desafio manter uma elevada expansão dos investimentos na economia, porque considera essa a melhor política de controle da inflação. Ele estima que a taxa média anual de expansão da formação bruta de capital fixo (FBCF) deve ser de 11% até 2014. Segundo ele, a FBCF deve fechar em 20% do PIB em 2011 e de 22,5% a 23% do PIB em 2014.

PIB

Nelson Barbosa afirmou que a economia brasileira deve ter uma aceleração neste quarto trimestre e deve crescer em torno de 1%. Segundo ele, como um crescimento de 7,4% do PIB já está garantido neste ano, a expansão nos três meses finais deve levar o PIB brasileiro a fechar com alta em torno de 7,6% a 7,8%, "podendo chegar a 8%, se a aceleração do quarto trimestre for muito forte".

Barbosa afirmou que o crescimento deste ano não pode ser considerado excessivo, já que, no ano passado, a economia brasileira teve retração de 0,6%, segundo a nova estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2011, Barbosa admitiu que a Fazenda está com um viés de baixa em sua projeção de crescimento de 5,5%. Segundo ele, os cálculos estão sendo refeitos, e a projeção deve colocar o PIB com um crescimento dentro do intervalo de 5% a 5,5%.

Essa possível redução na estimativa de expansão no ano que vem deve-se ao fato de as projeções de alta de 5,5% levarem em conta um crescimento menor do PIB em 2010. Como a base de comparação está ficando mais elevada, para ele, é natural um crescimento menor no ano que vem.

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