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Bancos querem juros maiores em empréstimo a distribuidoras

Bancos estão interessados em participar de novo empréstimo às distribuidoras de energia, desde que custos reflitam riscos e prazos maiores, dizem fontes


	Torre de energia elétrica: o aumento da carência não foi bem recebido pelos bancos, diz fonte
 (Stock.Xchange)

Torre de energia elétrica: o aumento da carência não foi bem recebido pelos bancos, diz fonte (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 16h38.

São Paulo/Brasília - Os três maiores bancos privados do Brasil estão interessados em participar de novo empréstimo às distribuidoras de energia, no montante de pelo menos 3,15 bilhões de reais, desde que os custos do financiamento reflitam riscos e prazos maiores, afirmaram três fontes com conhecimento das negociações.

O governo federal pediu a Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil esta semana para permitir que as distribuidoras de energia comecem a pagar os dois empréstimos anteriores, que somam 17,8 bilhões de reais, apenas no final de 2017, em vez deste ano, disseram duas das fontes.

"Tudo é possível, desde que a questão do retorno continue sendo ponto central das discussões", disse uma das fontes.

Atualmente, os empréstimos estão previstos para começar a serem pagos e repassados às tarifas dos consumidores nos reajustes deste ano. Mas o governo quer reduzir esse impacto nas tarifas e na inflação, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já ter autorizado neste ano uma revisão extraordinária que terá um efeito médio nacional de 23,4 por cento.

Mas, segundo uma fonte do próprio governo, o aumento da carência não foi bem recebido pelos bancos.

O que está na mesa de negociações agora é a ampliação do prazo de pagamento dos empréstimos. O governo propôs aos bancos aumentar o prazo de 2 para 6 anos, e está aberto inclusive a negociar a taxa de juros em troca dessa ampliação.

Uma fonte do governo federal lembra que entre o primeiro e o segundo empréstimo, no ano passado, a taxa de juros já havia sido elevada, de CDI mais 1,9 por cento ao ano na operação de abril, para CDI mais 2,35 por cento ao ano na segunda negociação, em agosto.

"Os juros já subiram do primeiro para o segundo empréstimo. Não seria um problema subir de novo, se houver uma compensação no prazo", disse a fonte do governo federal.

Os bancos devem apresentar na próxima semana uma nova proposta ao governo federal. Representantes das instituições financeiras e do governo não comentaram o assunto.

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