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Bancos empregaram mais, mas reduziram salário médio

Segundo o Dieese, entre janeiro e setembro foram criados 17.067 postos de trabalho, contra 2.076 fechados no mesmo período de 2009

Agência do Banco do Brasil: setor empregou com salários 38,28% menores em média (Lia Lubambo/EXAME)

Agência do Banco do Brasil: setor empregou com salários 38,28% menores em média (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 13h38.

Brasília - Os bancos que atuam no Brasil criaram 17.067 postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2010, saldo resultante das 43.719 admissões e das 26.652 demissões, segundo dados da sétima edição da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mesmo período de 2009, os bancos fecharam 2.076 postos de trabalho.

Apesar do aumento das contratações este ano, os trabalhadores do setor estão ganhando menos. De janeiro a setembro, a remuneração média dos admitidos (R$ 2.159,15) foi 38,28% inferior à dos desligados (R$ 3.498,38).

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o sistema financeiro foi responsável por 0,77% do total de 2.201.406 postos criados por todos os setores da economia nos nove meses do ano.

A pesquisa revela que o saldo positivo do emprego nos bancos está concentrado nas faixas salariais mais baixas, com predominância para o segmento de 2,01 a três salários mínimos, que registrou um saldo de 19.589 postos de trabalho.

A partir desse patamar, todas as faixas apresentam saldo negativo de emprego, com destaque para o segmento de 5,01 a sete salários mínimos, em que houve a diminuição de 1.793 postos de trabalho.

Segundo a pesquisa, esse movimento se deve ao fato de a maior parte das admissões (59,65%) estar concentrada na faixa de dois a três salários mínimos.

No recorte por gênero, a pesquisa mostra que o saldo do emprego bancário entre janeiro e setembro de 2010 foi mais favorável às mulheres, com 9.085 vagas criadas (53,22%), enquanto para os homens o saldo foi de 7.985 (46,78%).

Os trabalhadores do sexo masculino representaram 50,53% das admissões e 52,94% dos desligamentos, enquanto a participação feminina correspondeu, respectivamente, a 49,47% e 47,06%.

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