Brasil

Bancada do PT na Alesp pede afastamento de servidores

A bancada petista pediu a suspensão imediata dos contratos firmados entre o Estado e as empresas Alstom e Siemens, suspeitas de participação no suposto cartel


	Alesp: líder do PT na Assembleia, Luiz Claudio Marcolino, defendeu o afastamento de agentes para evitar possíveis interferências no processo investigativo
 (José Antonio Teixeira/Alesp)

Alesp: líder do PT na Assembleia, Luiz Claudio Marcolino, defendeu o afastamento de agentes para evitar possíveis interferências no processo investigativo (José Antonio Teixeira/Alesp)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 11h37.

São Paulo - A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) reuniu-se, na manhã desta sexta-feira, 9, com o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, e pediu o afastamento de agentes públicos envolvidos na suposta formação de cartel em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O líder do PT na Alesp, Luiz Claudio Marcolino, defendeu o afastamento de agentes para evitar possíveis interferências no processo investigativo.

"Há vários agentes atuais que estavam (no governo) na época dos contratos. O que pode acontecer é, caso eles não sejam afastados, criarem um processo de ocultação de provas e dificultar o processo de investigação", afirmou.

Além disso, a bancada petista pediu a suspensão imediata dos contratos firmados entre o Estado e as empresas Alstom e Siemens, suspeitas de participação no suposto cartel.

"A suspensão dos contratos se faz necessária para o bem do serviço público, pois possibilitará a avaliação e possível revisão dos contratos que estejam contaminados pelo cartel da corrupção, superfaturamento e pagamentos de propina", diz trecho de nota enviada à imprensa pelo PT.

Os petistas solicitaram o afastamento dos seguintes agentes públicos: Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes (secretário de Transportes Metropolitanos), Mário Manoel Rodrigues Seabra Bandeira (diretor presidente da CPTM), José Luiz Lavorente (diretor de Operação e Manutenção da Companhia da CPTM), Décio Gilson Tambelli (coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Transportes Metropolitanos e ex-diretor de Operação do Metrô) e Nelson Scaglioni (gerente de Manutenção do Metrô).

O procurador-geral Elias Rosa informou, por meio de nota, que o ofício será encaminhado aos promotores de Justiça do Patrimônio Público e Social e do Gedec - Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos, que têm atribuição nas apurações já em curso.

Acompanhe tudo sobre:AlstomCartelEmpresasEmpresas alemãsEmpresas francesasempresas-de-tecnologiaPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPT – Partido dos TrabalhadoresSiemens

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto