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Bahia: Reunião de policiais e governo pode acabar com greve

Expectativa é que reunião entre os dois lados acabe com a paralisação; impasse sobre a punição aos grevistas continua

Policiais militares grevistas fazem homenagem ao comandante das forças de segurança da Bahia, general Gonçalves Dias (Marcello Casal Jr./ABr)

Policiais militares grevistas fazem homenagem ao comandante das forças de segurança da Bahia, general Gonçalves Dias (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 14h28.

Salvador - Segundo informou a assessoria do governo da Bahia, um acordo para por fim à greve dos policiais militares do estado deve sair da reunião entre associações que representam os policiais militares e o governo estadual, que está acontencendo esta tarde com a presença do arcebispo de Salvador, Murilo Krieger.

O principal ponto da negociação refere-se à punição dos policiais grevistas. Em entrevistas às emissoras de rádio e de televisão locais, o governador Jaques Wagner tem garantido que não irá punir quem participou da greve de forma pacífica, mas os policiais envolvidos em atos de vandalismo serão processados. O governador não deixou claro, no entanto, se os líderes do movimento serão anistiados, já que a greve foi considerada ilegal pela Justiça.

Ontem, após o Exército cercar um grupo de policiais amotinados na Assembleia Legislativa da Bahia, os líderes da greve disseram aos políticos que entraram no prédio que o principal ponto de resistência ao acordo seriam os mandados de prisão expedidos pela Justiça para 12 líderes do movimento. No entanto, a suspensão desses mandados cabe apenas à Justiça, e não ao governador. Mesmo assim, o governo da Bahia adotou hoje a postura de amenizar o clima de tensão que tomou conta da cidade nos últimos dias.

Dos 12 mandados de prisão, foi cumprido apenas o do soldado Alvir dos Santos, do Batalhão de Policiamento Ambiental. O líder do movimento, Marco Prisco, que estaria dentro do prédio da Assembleia, também está com a prisão determinada pela Justiça.

Além da não punição dos amotinados, estão na pauta de negociações o pagamento de gratificações aos policiais militares acordadas em 2001, ainda no governo de Paulo Souto.

A ocupação da Assembleia Legislativa ocorreu na terça-feira (31). Não se sabe exatamente quantos policiais militares amotinados estão dentro do prédio. Mas a estimativa é que, entre policiais e parentes, haja cerca de 800 pessoas. O Exército mobilizou 800 homens para o cerco à Assembleia. Reforçam a segurança no local 200 policiais militares baianos que não aderiram à greve e 20 homens da Força Nacional.

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