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Avião de Bolsonaro arremete por baixa visibilidade causada por queimadas

Bolsonaro afirmou que o avião onde estava, antes do pouso em Sorriso (MT), precisou arremeter por conta da baixa visibilidade causada pelas queimadas

"Para nossa felicidade, na segunda vez, conseguimos pousar", disse o presidente (Alan Santos /PR/Divulgação)

"Para nossa felicidade, na segunda vez, conseguimos pousar", disse o presidente (Alan Santos /PR/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de setembro de 2020 às 12h50.

Última atualização em 18 de setembro de 2020 às 12h55.

O presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o avião onde estava, antes do pouso em Sorriso, Mato Grosso, precisou arremeter por conta da baixa visibilidade causada pelas queimadas na região. Bolsonaro cumpre agenda no Estado em eventos relacionados ao agronegócio. "Aqui quando nosso avião foi pousar hoje ele arremeteu. É a segunda vez que acontece na minha vida. Uma vez foi no Rio de Janeiro. Obviamente, é sempre algo anormal de estar acontecendo. No caso, é que a visibilidade não estava muito boa. Para nossa felicidade, na segunda vez, conseguimos pousar", disse o presidente durante pronunciamento.

Na quinta-feira, dia 18, Bolsonaro disse que o Brasil está de "parabéns" na maneira como preserva o meio ambiente. Já nesta sexta, após o incidente com a aeronave, o presidente amenizou os elogios e reconheceu que "alguns focos de incêndio estão acontecendo pelo Brasil, isso acontece ao longo de anos e temos sofrido crítica muito grande".

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que houve um aumento de mais de 200% nas queimadas no Pantanal entre 1º de janeiro e 16 de setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

Bolsonaro: "Países que nos criticam não têm problema porque já queimaram tudo"

Em evento com entidades do agronegócio no Mato Grosso, o presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta sexta-feira, 18, os incêndios que ocorrem no Estado e citou as críticas que o Brasil vem recebendo pela forma como combate às queimadas e preserva o meio ambiente. Para o presidente, as críticas ocorrem porque há interesses internacionais em competir com o agronegócio brasileiro.

"Estamos vendo alguns focos de incêndio acontecendo pelo Brasil, isso acontecesse há anos e temos sofrido crítica muito grande. Obviamente, quanto mais nos atacarem melhor interessa para nossos concorrentes para o que temos de melhor, o nosso agronegócio", disse Bolsonaro

O presidente rebateu em seguida críticas internacionais sobre a forma como lida com a situação das queimadas. "Países outros que nos criticam não tem problema de queimada porque já queimaram tudo no seu país", declarou.

Nesta semana, o governo federal reconheceu a situação de emergência no Estado do Mato Grosso do Sul por conta dos incêndios florestais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicaram que só nos primeiros dez dias de setembro foram contabilizados 2.550 focos de queimadas, 88% do volume registrado durante todo o mês de 2019.

Em seu discurso nesta sexta-feira, Bolsonaro afirmou que o Brasil é "um exemplo para o mundo" ressaltando que a matriz de energia é limpa e que "proporcionalmente ocupamos a menor área para agricultura ou pecuária do que qualquer outro país no mundo". Ele citou o grande potencial do Estado do Mato Grosso como produtor dizendo que o local é o "coração do Brasil". "Aqui é o local onde conseguiremos verdadeira independência, não só econômica, bem como também perante o mundo, que vai passar a nos respeitar."

O presidente recebeu nesta sexta-feira uma homenagem de representantes do agronegócio no município de Sinop, no Mato Grosso, e o título de cidadão sinopense, aprovado pela Câmara de Vereadores e entregue pelo governador Mauro Mendes (DEM). O presidente visitou ainda a usina de etanol de milho Inpasa.

O chefe do Executivo estava acompanhado dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura), além do secretário Especial de Assuntos Fundiários do Mapa, Nabhan Garcia.

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