Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram em 7 de outubro no sul do país (João Risi/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 16 de outubro de 2023 às 14h35.
Última atualização em 16 de outubro de 2023 às 14h39.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda em Roma, na Itália, a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito para buscar os 28 cidadãos brasileiros que viviam ou estavam no território palestino, mas entraram com pedido de repatriação por conta da guerra entre os terroristas do Hamas e Israel.
O grupo tem 14 crianças, 8 mulheres e 6 homens - 22 deles nasceram no Brasil, três são imigrantes palestinos e três são palestinos que possuem cidadania brasileira. Eles aguardam em cidades palestinas próximas à fronteira com o Egito.A única forma de sair de Gaza é por meio da fronteira e do aeroporto egípcio. Por conta dos bloqueios feitos por Israel à Gaza, o território palestino não tem aeroporto. Há dias, a embaixada do Brasil no Egito e o ministro de Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), Mauro Vieira, têm negociado com o chanceler do Egito a liberação da passagem dos brasileiros - outros países, como Estados Unidos, também tentam repatriar seus cidadãos que estão em Gaza por meio deste corredor, mas até o momento ninguém conseguiu atravessar a fronteira.
No sábado, 14, após Israel pedir um esvaziamento do norte de Gaza, ameaçando novos e mais intensos ataques na região para tentar resgatar os israelitas feitos de reféns pelo grupo terrorista Hamas, o governo brasileiro contratou ônibus para transportar os brasileiros, que estavam na Cidade de Gaza, no norte do território palestino, até o sul.
Três homens, três mulheres e quatro crianças estão, agora, em Rafah, cidade palestina de onde se pode ir andando até a fronteira com o Egito. Os outros três homens, cinco mulheres e dez crianças estão em Khan Younes, há 10 quilômetros da fronteira. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, passou a relação de pessoas e confirmou ao Estadão que elas estão bem, alojadas em casas alugadas pela Embaixada.
Assim que autorizada a passagem dos brasileiros, o avião da FAB deve se deslocar até o Egito para fazer o resgate, informou Candeas e o Itamaraty. Enquanto isso, os brasileiros têm recebido apoio psicológico da Embaixada. Uma profissional da psicologia foi contratada em Gaza para fazer o acompanhamento das famílias.