Brasil

Faxina em ministérios ajuda e avaliação de Dilma sobe, diz CNI/Ibope

A aprovação pessoal da presidente cresceu para 71%, contra 67% em julho

As denúncias de corrupção envolvendo ministérios e a faxina de Dilma foram os fatos mais relevantes da gestão até o momento, segundo pesquisa do CNI/Ibope (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

As denúncias de corrupção envolvendo ministérios e a faxina de Dilma foram os fatos mais relevantes da gestão até o momento, segundo pesquisa do CNI/Ibope (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 14h29.

Brasília - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff teve melhora em setembro, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira, ajudada especialmente pela "faxina" promovida por ela em órgãos e ministérios envolvidos em denúncias de irregularidades.

De acordo com o levantamento, 51 por cento dos entrevistados consideram o governo Dilma ótimo ou bom, contra 48 por cento em julho --mês em que a avaliação positiva havia registrado piora.

A pesquisa mostrou ainda que 34 por cento apontam o governo Dilma como regular, contra 36 por cento há dois meses, e 11 por cento o classificam como péssimo ou ruim, ante 12 por cento em julho.

A sondagem ocorreu após a demissão de outros três ministros: Nelson Jobim (Defesa), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo) --os dois últimos em meio a acusações de irregularidades. Ao todo, já deixaram o governo, cinco ministros.

De acordo com o gerente de Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca, a "faxina" promovida pela presidente diante das denúncias em ministérios e órgãos federais ajudou na melhora da avaliação pessoal e de seu governo.

"Essa postura que foi passada ajudou a presidente a recuperar aquela queda que tínhamos visto em julho," disse Fonseca a jornalistas.

A avaliação do governo Dilma fica acima das registradas no mesmo período dos mandatos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardozo. Em setembro de seu primeiro mandato, o governo Lula foi considerado ótimo ou bom por 43 por cento. O governo Fernando Henrique obteve 40 por cento desta avaliação, também no primeiro mandato.

Já a aprovação pessoal da presidente cresceu para 71 por cento, contra 67 por cento em julho. Segundo o CNI/Ibope o índice dos que desaprovam Dilma teve baixa, ficando em 21 por cento em setembro, ante 25 por cento em julho.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 20 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

"Dilma vira o jogo"

A pesquisa questionou aos entrevistados quais eram os temas do noticiário sobre o governo de que mais se lembravam. As denúncias de corrupção envolvendo ministérios ficaram à frente, com 19 por cento. Na pesquisa anterior, de julho, os eleitores também citaram os episódios de corrupção.


A novidade, no resultado de setembro, é que os eleitores passaram a citar as demissões decorrentes das denúncias (13 por cento).

"Ela (a presidente) conseguiu, dentro do episódio da corrupção, virar um pouco o jogo," disse o gerente de pesquisas.

Outro fator citado por Fonseca para a melhora da aprovação do governo e de Dilma é a percepção dos entrevistados de que a situação econômica no país está confortável.

"A situação da economia, as taxas de desemprego muito baixas, as pessoas vendo a economia crescendo, isso reflete na avaliação," afirmou.

As ações do governo no combate ao desemprego e à pobreza estão entre as mais bem avaliadas, acima dos 50 por cento de aprovação.

Por outro lado, o quesito impostos é um dos piores avaliados, com 66 por cento de desaprovação. O combate à inflação permaneceu estável em relação à última pesquisa, com desaprovação de 55 por cento.

No caso da taxa de juros, houve uma pequena melhora: a porcentagem de aprovação subiu de 29 por cento em julho para 32 por cento em setembro, e o de desaprovação recuou para 59 por cento, ante 63 por cento.

A pesquisa foi realizada após o corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juro pelo Banco Central, em agosto.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoCorrupçãoDilma RousseffEscândalosEsportesFraudesFutebolGoverno DilmaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Nunes nega candidatura ao governo de SP e diz que será ‘o maior cabo eleitoral’ de Tarcísio

Incêndio de grandes proporções atinge prédio da PUC, em Curitiba

Tarcísio abre nova frente de concessões ao encaminhar leilão de travessias de balsas

Sindicato dos professores de SP confirma greve; Justiça determina 70% do quadro