Greve: manifestantes protestam contra as reformas do governo Temer (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 28 de abril de 2017 às 14h26.
Brasília - A avaliação do governo federal até o início da tarde era de que a greve geral deflagrada nesta sexta-feira contra as reformas trabalhista e previdenciária foi "fraca" e se concentrou na área de transporte público, o que passava a impressão de um movimento mais forte do que de fato é, disse à Reuters uma fonte palaciana.
A fonte ressalvou, no entanto, que era preciso esperar os eventos da tarde.
Levantamentos feitos pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República apontavam para uma possível ação de grupos mais violentos no final da tarde, especialmente em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Mais cedo, em entrevista à radio CBN, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, escalado pelo Planalto para falar pelo governo, foi menos cauteloso e classificou a greve como "um fracasso", atribuindo a aparente participação popular à falta de transporte público.
Pela manhã, o transporte público foi afetado nas principais capitais, que tiveram também bloqueios em importantes vias, que levaram, em alguns casos, a confrontos com a polícia. Bancos e escolas também fecharam as portas. [nL1N1I00K6]
Outros setores também aderiram ao movimento, como os metalúrgicos. A produção de veículos no Estado de São Paulo estava paralisada, segundo informações de montadoras, sindicatos e fontes do mercado
As centrais sindicais convocaram a paralisação e as manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência, que estão em tramitação no Congresso, alegando que os projetos vão tirar direitos e prejudicar os trabalhadores.
O governo defende que as duas reformas são fundamentais para a recuperação econômica do país, que enfrenta a pior recessão da história.