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Avaliação do governo melhora entre eleitores de Dilma

Entre os eleitores de Dilma, o percentual que avalia o governo como ótimo ou bom subiu de 16% para 20%


	Pró-Dilma: a pesquisa mostra ainda que quanto mais instruída e mais jovem a população, menor a aprovação do governo
 (Paulo Pinto/ CUT)

Pró-Dilma: a pesquisa mostra ainda que quanto mais instruída e mais jovem a população, menor a aprovação do governo (Paulo Pinto/ CUT)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 16h10.

Brasília - O percentual de eleitores de Dilma Rousseff que avalia o governo como ruim ou péssimo caiu 5 pontos percentuais: de 53% para 48%.

A análise considerou os brasileiros que votaram na presidente no segundo turno das eleições de 2014 e foi o único recorte com variações acima da margem de erro na pesquisa Ibope/CNI divulgada hoje (30), em que os demais percentuais ficaram estáveis.

Entre os eleitores de Dilma, o percentual que avalia o governo como ótimo ou bom subiu de 16% para 20%, e o que avalia o governo como regular ficou estável em 30%.

Para o gerente de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca, esse aumento na avaliação positiva do governo entre os eleitores de Dilma pode ter como explicação a maior polarização política observada nas últimas semanas, devido ao processo de impeachment da presidente em curso no Congresso.

“Há aumento de ótimo ou bom bem acima da margem, o que pode ser resultado dessa maior tensão que temos visto nos últimos dias com manifestações e da própria resposta do partido do governo na defesa do governo da presidente e do ex-presidente Lula”, disse Fonseca destacando porém que, mesmo entre seus eleitores, a aprovação de Dilma permanece baixa.

O gerente da pesquisa lembrou que o levantamento foi feito entre os dias 17 e 20 de março, captando influências na opinião dos entrevistados dos grandes atos contrários ao impeachment de Dilma, em diversas cidades do país na noite do dia 17.

Recorte regional

Renato da Fonseca ressaltou que a região de maior sustentação do governo Dilma continua a ser o Nordeste, onde a avaliação da gestão dela como ruim ou péssima é de 54%. Na avaliação geral, esse índice ficou em 69% e nas outras regiões do país ficou acima de 70%.

A pesquisa mostra ainda que quanto mais instruída e mais jovem a população, menor a aprovação do governo e da maneira de Dilma governar.

O grupo que mais apoia a presidente é o de pessoas com 55 anos ou mais, com 17% dos entrevistados nesse grupo avaliando o governo como ótimo ou bom.

Áreas de atuação

A maioria dos níveis de avaliação do governo por áreas de atuação pesquisadas também ficou estável em relação à pesquisa anterior, divulgada em dezembro.

A taxa de juros praticada na economia brasileira continua a ser o ponto de maior insatisfação dos brasileiros com 90% de desaprovação e apenas 7% de aprovação na atuação do governo neste setor.

A área mais bem avaliada é o combate à fome e à pobreza, com 69% de desaprovação e 29% de pessoas aprovação dessas políticas públicas.

Sobre a avaliação da atuação do governo na área de meio ambiente houve recuperação acima da margem de erro: a aprovação subiu de 21% para 25% e a desaprovação caiu de 74% para 68%.

Para Fonseca, este resultado se deve ao fato de a pesquisa de dezembro ter sido feita pouco tempo depois do rompimento de uma barragem de rejeitos de minério em Mariana, Minas Gerais, considerado o maior desastre ambiental já ocorrido no Brasil.

A pesquisa Ibope/CNI entrevistou 2002 pessoas entre os dias 17 e 20 de março, em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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