Brasil

Avaaz entrega 1,3 milhão de assinaturas por saída de Cunha

A campanha virtual da organização começou em 22 de outubro e chegou ao final de 2015 com 230 mil assinaturas pedindo a cassação do mandato do peemedebista


	Eduardo Cunha: a campanha virtual da organização começou em 22 de outubro e chegou ao final de 2015 com 230 mil assinaturas pedindo a cassação do mandato do peemedebista
 (Evaristo Sá / AFP)

Eduardo Cunha: a campanha virtual da organização começou em 22 de outubro e chegou ao final de 2015 com 230 mil assinaturas pedindo a cassação do mandato do peemedebista (Evaristo Sá / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 15h46.

Brasília - A organização internacional Avaaz entregou nesta terça-feira, 26, ao Conselho de Ética da Câmara um documento simbólico com 1,3 milhão de assinaturas pedindo a cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

O ato foi marcado por uma confusão entre o deputado Laerte Bessa (PR-DF), membros do colegiado, como Alessandro Molon (Rede-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ), representantes da entidade e manifestantes.

Bessa afirmou que os cartazes contra o presidente da Casa demonstravam falta de respeito com a presidência da Casa e tentou retirá-los. O deputado Julio Delgado (PSB-MG) ajudou a apaziguar os ânimos.

Em seguida, o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), pediu para que as manifestações fossem encerradas antes de abrir oficialmente a sessão, que ouviria o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

A campanha virtual da Avaaz começou em 22 de outubro e chegou ao final de 2015 com 230 mil assinaturas pedindo a cassação do mandato parlamentar do peemedebista.

Logo após a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, houve um aumento significativo de apoios, chegando a 1,2 milhão de assinaturas em quatro dias. Neste momento, o site registra mais de 1,3 milhão de apoios.

Coordenador da instituição, Diego Casaes acredita que a exposição de Cunha durante todo o processo de votação da admissibilidade do impeachment chamou a atenção do eleitorado, que se deu conta da morosidade da ação disciplinar contra o peemedebista.

Ele reconheceu que a campanha não tem valor jurídico, mas de mobilização social. "São pessoas por trás da assinatura e que têm direito a voto", afirmou.

A campanha já atingiu uma das maiores mobilizações virtuais do país, ficando atrás de uma ação contra a redução da velocidade de internet fixa, que arregimentou 1,6 milhão de assinaturas. Mesmo com a entrega simbólica do abaixo-assinado, a campanha continuará aberta para adesões de internautas.

Como a meta agora é reunir 2 milhões de apoios à cassação de Cunha, a mobilização pode se tornar uma das maiores do mundo.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosEduardo CunhaImpeachmentPolítica no BrasilProteste

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado