Temer: "Diante de uma denúncia tão grave, a solução adequada em qualquer lugar do mundo seria a renúncia", disse Aras (Ueslei Marcelino/REUTERS/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de maio de 2017 às 22h54.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 10h27.
Brasília - Auxiliar direto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o secretário de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério Público Federal, Vladimir Aras, sugeriu na noite desta quarta-feira a renúncia do presidente Michel Temer em sua conta no Twitter, após divulgação de que ele teria dado aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
Reportagem do jornal O Globo afirma que o empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS, gravou uma conversa em que conta a Temer que pagava uma mesada a Cunha e ao doleiro Lucio Funaro, um dos operadores da Lava Jato, em troca do silêncio de ambos, que estão presos. Temer respondeu, segundo o jornal: "Tem que manter isso, viu?"
"Diante de uma denúncia tão grave, a solução adequada em qualquer lugar do mundo seria a renúncia", disse Aras, que é do gabinete de Janot.
Até o momento, a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República não confirmou nem comentou a veracidade da informação sobre a gravação, que seria parte de tratativas para um acordo de delação premiada de Joesley e de pessoas ligadas à JBS.
Fontes ouvidas pela Reuters, entretanto, confirmaram o teor da publicação.