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Autoridades brasileiras lamentam a morte do Papa Francisco

Lula, presidentes do Senado e da Câmara e ministros do STF publicaram mensagens de condolências pela morte do pontífice de 88 anos

Francisco: Papa morreu na madrugada desta segunda-feira, 21 (Filippo MONTEFORTE / AFP/AFP)

Francisco: Papa morreu na madrugada desta segunda-feira, 21 (Filippo MONTEFORTE / AFP/AFP)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 21 de abril de 2025 às 10h33.

Autoridades brasileiras lamentaram a morte do Papa Francisco. O pontífice faleceu nesta segunda-feira, 21, às 2h35 do horário de Brasília em sua residência, a Casa Santa Marta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do pontífice, com quem mantinha relação de amizade. "A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", escreve Lula em nota.

"Neste momento de luto e tristeza, o Congresso Nacional do Brasil une-se em solidariedade à comunidade católica em todo o mundo, à Santa Sé e a todos aqueles que tiveram suas vidas tocadas pelo papado de Francisco", escreveu Davi Alcolumbre (União Brasil/ AP), presidente do Senado e do Congresso Nacional.

No texto, Alcolumbre destaca que Francisco foi um líder espiritual de grande coragem, que pregou o respeito, o perdão e a caridade e reforça que a luta e o serviço do religioso argentino aos mais necessitados.

Em seu perfil na rede X, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB) escreveu que poucos líderes foram tão marcantes como o Jorge Mário Bergoglio, nome de batismo do Papa.

"Papa Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino a ocupar o posto mais alto da Igreja. Porém, para mim, o que mais marcou sua passagem foram as transformações que ele promoveu. Francisco foi o símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão", escreveu.

Segundo Motta, foi Francisco que abriu a Igreja e a colocou no século XXI. "Um líder que ficará na história pela força dos seus gestos. Eu e minha família seguiremos em oração por este líder que foi símbolo de esperança e justiça. Sem dúvida um exemplo de vida e luta para todos nós."

Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal, publicou uma foto sua com o Papa. "O Papa Francisco integra, com destaque eterno, a história da nossa Igreja Católica. Foi um exemplar Cristão latino-americano. Em um mundo em que o ódio virou indústria de bilionários, sua pregação de Estadista da Fraternidade é essencial", escreveu o ministro.

O Procurador-geral da República, Paulo Gonet, também se manifestou. Ele declarou, em nota, que o pontífice "mostrou a todos o poder da fé inabalável e da importância da defesa da dignidade humana".

“É com profunda tristeza que nos despedimos hoje do Papa Francisco. Líder de inestimável grandeza, mostrou a todos o poder da fé inabalável e da importância da defesa da dignidade humana. Sua Santidade deixa um legado de amor, humildade e esperança. A passagem de Mario Bergoglio por este mundo foi marcada por gestos de compaixão, palavras de sabedoria e um compromisso irrenunciável com os mais vulneráveis. O Papa Francisco sempre demonstrou coragem, guiando milhões de fiéis com ternura e firmeza”, disse.

Quem foi o Papa Francisco

Arcebispo de Buenos Aires nascido com o nome Jorge Mario Bergoglio, Francisco foi o primeiro Papa da América Latina. Ele assumiu o papado em 13 de março de 2013, após renúncia do Papa Bento XVI.

Bergoglio foi nomeado bispo auxiliar em 20 de maio de 1992 pelo para João Paulo II.

Em 2001, foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público. Seu cardinalato foi marcado pelo histórico pedido para que centenas de argentinos não viajassem à Roma em celebração, e sim, doassem o dinheiro da viagem aos pobres.

Eleito Papa em 2013, o primeiro latino-americano da história, Jorge Mario Bergoglio adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo da simplicidade e defesa dos pobres.

Desde o início do pontificado, implementou reformas na Igreja Católica e assumiu uma postura mais progressista em questões sociais e ambientais.

Seu papado foi marcado pelo combate à corrupção no Vaticano, pela defesa dos marginalizados, por críticas contundentes ao capitalismo e pela defesa absoluta e inquestionável do meio ambiente.

Durante a trajetória como líder da Igreja Católica, também combateu crimes sexuais cometidos por membros do clero, endurecendo punições e eliminando o "sigilo pontifício", que dificultava investigações.

Francisco realizou em conjunto a diversificação da hierarquia da Igreja e ampliou a presença de representantes de diferentes regiões do mundo no Colégio de Cardeais e outros órgãos do Vaticano.

Reforçou, ainda, medidas contra corrupção financeira na Santa Sé, ação que aumentou a transparência nas contas do Vaticano.

 

 

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