Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente (Felipe Werneck/MMA/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 11 de setembro de 2024 às 14h51.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira, durante evento do G20, no Rio de Janeiro, que o governo ainda não definiu um nome para assumir a Autoridade Climática, órgão concebido ainda durante a campanha eleitoral de 2022 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas anunciado apenas nesta terça-feira. A nova estrutura servirá para enfrentar as tragédias provocadas pelas mudanças climáticas do planeta. O anúncio de criação foi feito durante visita de Lula ao Amazonas, onde visitou áreas afetadas pela seca e pelos incêndios no estado.
“Neste momento não está colocada a questão do nome. O que está colocado é o melhor desenho, a melhor estrutura e a melhor política para fazer esse enfrentamento”, disse a ministra durante participação na 5ª Reunião da Iniciativa em Bioeconomia do G20. “Queremos uma instituição robusta, com um comitê técnico-científico que vai dar suporte, juntando o que há de melhor na ciência brasileira”, explicou.
Marina Silva foi a primeira cotada para o cargo quando ele foi proposto por Lula na campanha eleitoral. A criação da nova estrutura foi um compromisso assumido pelo então candidato à Presidência para garantir o apoio de Marina à chapa vencedora da eleição presidencial.
Questionada sobre ações imediatas contra as queimadas, Marina destacou que o governo já tomou medidas, como a criação de bases de operações no Pantanal e na Amazônia. “Desde janeiro do ano passado, mobilizamos todos os recursos porque estávamos nos preparando desde a transição”, afirmou.
A ministra classificou as queimadas como uma “aliança entre ação criminosa e mudanças climáticas” que ameaçam a biodiversidade do Brasil. Segundo Marina, o governo estuda aumentar as penas para crimes de queimada, comparando-as com situações análogas à escravidão: “Quem fez a queimada criminosa haverá de pagar”, concluiu.