Fachin: ministros defendem informalmente a indicação de Fachin para ocupar a cadeira de Zavascki na Turma (Carlos Humberto/SCO/STF/Reprodução)
Agência Brasil
Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 16h41.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2017 às 16h48.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (1º) ao chegar para a primeira sessão da Corte em 2017, que ainda não concordou formalmente com a transferência do ministro Edson Fachin da Primeira para a Segunda Turma da Corte, colegiado responsável pelos julgamentos da Lava Jato.
Fachin iria ocupar a vaga do ministro Teori Zavascki, que morreu em janeiro em um acidente aéreo em Paraty (RJ) e era membro da Segunda Turma.
Marco Aurélio disse ainda não ter sido consultado por meio de ofício pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, sobre a transferência de Fachin, e que aguardará esse pedido formal para poder decidir se abre mão de sua precedência no pedido de mudança.
De acordo com o Regimento Interno do STF, o ministro mais antigo no colegiado tem preferência para solicitar a mudança de turma em caso de vacância.
Fachin é o mais novo da Primeira Turma. Desde a morte de Teori, ministros defendem informalmente a indicação de Fachin para ocupar a cadeira de Zavascki na Turma, devido ao seu perfil reservado.
Pela manhã, durante uma audiência com Cármen Lúcia, Fachin oficializou o pedido para ser transferido. No entanto, a presidente disse que aguardará a resposta dos demais integrantes da Primeira Turma aceitando a mudança.
A posição de aguardar a formalização pode ocasionar demora no sorteio do novo relator da Lava Jato, que era esperado para hoje (1º).
A maioria dos ministros concorda que essa redistribuição deve se dar somente entre os membros da Segunda Turma, por isso o pedido de transferência de Fachin.
"Vou aguardar o ofício que espero receber da Cármen Lúcia e depois de mim ainda tem outros três ministros", afirmou Marco Aurélio.
Além dele, compõem a Primeira Turma os ministros Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, todos mais antigos que Fachin. Marco Aurélio indicou, no entanto, que está satisfeito na Primeira Turma.
Questionado se teria interesse em relatar a Lava Jato no STF, Marco Aurélio respondeu que nunca recusou relatoria. "Prefiro assistir da arquibancada", disse o ministro.