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Aumenta reprovação do preço das tarifas do transporte em SP

Aumentou o número de moradores da capital paulista que reprovam o valor das tarifas do transporte público na cidade


	Movimento Passe Livre (MPL) realiza ato contra o aumento das tarifas do transporte em São Paulo: levantamento ouviu 1,5 mil pessoas entre 30 de novembro e 18 de dezembro do ano passado
 (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Movimento Passe Livre (MPL) realiza ato contra o aumento das tarifas do transporte em São Paulo: levantamento ouviu 1,5 mil pessoas entre 30 de novembro e 18 de dezembro do ano passado (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 17h19.

Aumentou o número de moradores da capital paulista que reprovam o valor das tarifas do transporte público na cidade.

Segundo a pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem), divulgada hoje (19), 81% dos moradores da cidade de São Paulo avaliaram com notas entre 1 e 5 o preço das passagens de ônibus, trens e metrô.

O levantamento ouviu 1,5 mil pessoas entre 30 de novembro e 18 de dezembro do ano passado. No levantamento anterior, feito no final de 2014, a desaprovação era de 74%.

Nesta terça-feira, São Paulo tem o quarto dia de protestos contra o reajuste das tarifas do transporte público de R$ 3,50 para R$ 3,80. O Movimento Passe Livre (MPL) convocou um ato com concentração na Avenida Brigadeira Faria Lima que se dividirá em duas frentes: uma seguirá para a prefeitura, no centro da cidade, e a outro para o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual, na zona oeste.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto também convocou duas manifestações para o final da tarde de hoje – uma na zona leste e outra na zona sul da capital.

De acordo com a pesquisa Irbem, 17% da população paulistana acha que a qualidade de vida piorou muito e 19%, que piorou um pouco. Na pesquisa anterior, os percentuais para os itens eram 3% e 10%, respectivamente. O percentual dos que acham que a qualidade de vida melhorou muito caiu de 9% para 6%. O número dos que acreditam que melhorou um pouco caiu de 28% para 17%.

Houve queda em 24 das 25 áreas que compõem o índice. A única que permaneceu estável na comparação com a pesquisa anterior foi a de relações com animais. Os itens relacionados a trabalho, desigualdade social, assistência social e consumo estão entre aqueles cuja avaliação mais piorou.

Para o coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo, organização responsável pelo estudo, Maurício Broinizi, os resultados foram influenciados pelo contexto de crise econômica e política. “As perguntas mais genéricas estão refletindo o contexto histórico que nós estamos vivendo, de muito pessimismo, e a crise econômica, que interfere muito no bem-estar das pessoas”, disse Broinizi após a apresentação da pesquisa.

Segundo Broinizi, as perguntas objetivas sobre serviços públicos tiveram variação muito menor e até melhora de avaliação, em alguns itens. “Quando comparamos com as avaliações que os paulistanos fazem ponto a ponto dos serviços e equipamentos públicos, as variações são muito pequenas”, afirmou.

Poder Público

As avaliações relacionadas à atuação do Poder Público tiveram queda significativa. Apenas 5% dos moradores de São Paulo consideram ótimas ou boas as ações da Câmara Municipal.

Para 71% dos entrevistados, o trabalho dos vereadores é ruim ou péssimo. No levantamento anterior, o índice de aprovação do Legislativo municipal era de 10%.

Quanto à administração do prefeito Fernando Haddad, caiu de 15% para 13% o percentual dos que avaliam o governo como ótimo ou bom e de 45% para 31%, o dos que consideram regular. Os que acham a administração ruim ou péssima passaram de 40% para 56%.

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