Sala de aula deve integrar alunos para não fazer apenas o papel do Google. (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 18 de outubro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 18 de outubro de 2021 às 19h09.
Todos os alunos das redes pública e privada de ensino estão obrigados, a partir desta segunda-feira, 18, a frequentarem as aulas de forma presencial. A medida foi anunciada na semana passada pelo secretário da Educação, Rossieli Soares, e gerou uma dúvidas da comunidade escolar se as unidades educacionais estão preparadas para o retorno de forma segura.
Até então, os pais podiam decidir se mandavam ou não os filhos para as atividades presenciais. Em relação às universidades, o estado ainda está em debate com as instituições.
Segundo as novas regras, até o fim do mês as escolas ficam em um modelo de transição, sem a necessidade de ter a capacidade máxima. Ou seja, se o aluno vai somente às segundas, ele é obrigado a comparecer somente neste dia.
Na rede privada, esta regra de rodízio será avaliada e divulgada nos próximos dias. Na rede municipal, as cidades com conselhos locais podem decidir um modelo próprio. Os municípios sem conselho seguem a regra estadual.
A partir do dia 1º de novembro não haverá mais um distanciamento mínimo entre os estudantes. A partir desta data, a capacidade das unidades escolares é de 100%, todos os dias, e de forma obrigatória.
“Se houver algum atestado médico ou comorbidade com fragilidade à covid-19, as escolas vão cumprir, mas isso é exceção”, explicou Rossieli Soares.
O uso de máscara continua obrigatório até o fim de 2021 para todas as atividades escolares. A retirada só é possível na hora da alimentação, e as escolas são orientadas a escalonar a saída do intervalo para evitar aglomerações.
De acordo com o secretário de Educação de São Paulo, a frequência presencial em todas as redes de ensino no estado está entre 55% e 60%. O objetivo do retorno também é diminuir a evasão escolas. E a equipe de saúde do estado garante que o retorno é seguro.
"O Comitê Cientifico vem discutindo e dando o aval de todas essas medidas da Secretaria de Educação. No dia 18, a regra de distanciamento mínimo de um metro continua. Nós temos acompanhado os números de transmissão dentro das escolas. Não há nenhum número que mostre risco nas escolas", avaliou Paulo Menezes, coordenador do Comitê Científico, que determina as regras sanitárias em São Paulo.
Na rede municipal de São Paulo, a partir do dia 25 de outubro não haverá mais o distanciamento mínimo de um metro entre os alunos. Em entrevista coletiva na semana passada, o secretário municipal de Educação, Fernando Padula Novaes, disse que na educação infantil o distanciamento é inviável, mas o uso de máscara segue obrigatório.
"Das 1.500 escolas, 19 têm problemas físicos. Essas, claro, não vamos atender presencialmente. A Secretaria de Obras está fazendo as adequações. Na cidade, a presença é facultativa, por conta de uma legislação municipal, mas os pais precisam assinar um termo se comprometendo a pegar as atividades impressas na escola", explicou Padula.