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Áudio da conversa de Temer e Joesley foi editado, dizem peritos

Gravação teria sido editada mas peritos divergem sobre quantos cortes há no áudio entregue por Joesley Batista à Procuradoria

 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

(Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 20 de maio de 2017 às 13h41.

Última atualização em 20 de maio de 2017 às 17h28.

São Paulo – O áudio da conversa entre Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, apresentaria cortes, segundo afirmam peritos consultados pelos jornais "O Estado de São Paulo" e "Folha de São Paulo". O presidente Michel Temer deve fazer pronunciamento ainda hoje para questionar a validade do material entregue pelo empresário à Procuradoria Geral da República, segundo divulgam os jornais.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, amigo de Temer e que assumiu a defesa do presidente, já tinha levantado essa suspeita. “Soubemos que a fita foi editada e isso é gravíssimo ”, disse Mariz de Oliveira, na sexta-feira, 19.

O número de cortes, no entanto, varia na avaliação de um perito para outro.  O perito extrajudicial e judicial Marcelo Carneiro de Souza afirmou ao Estado que identificou 14 pequenos cortes na gravação.

Mas, de acordo com ele, a edição não atingiu o trecho em que o tema da conversa é o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entre o 6º e 12º minutos.  Ele diz que suas conclusões são resultado de uma análise preliminar e que, para se ter certeza, seria necessário examinar o gravador, fazer testes de confronto de voz e verificar onde o material foi guardado.

Já o perito judicial consultado pela Folha de São Paulo, Ricardo Caires do Santos, que é do Tribunal de Justiça de São Paulo disse que há 50 cortes inclusive na parte em que os dois falam sobre Cunha. Segundo ele, a edição da gravação invalidaria o áudio como prova judicial. 

A Procuradoria Geral da República (PGR), no entanto, informou na sexta-feira, que foi feita uma avaliação técnica do material e que se trata de conversa “lógica e coerente”.

Confira: A lista de acusações dos delatores da JBS contra Michel Temer

 

 

 

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