Pauderney Avelino: o deputado disse que o DEM tem interesse na agenda de reformas do Governo (Wilson Dias/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 19 de julho de 2017 às 13h36.
O vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), disse hoje (19) que o atrito entre o partido e o presidente Michel Temer é "página virada". O deputado se encontrou pela manhã com Temer para tratar da relação do DEM com o governo.
A reunião no Palácio do Planalto ocorre um dia depois do jantar realizado na residência oficial do presidente da câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que contou com a presença de Michel Temer e ministros do governo. Segundo Pauderney Avelino, o jantar foi um "encontro entre amigos, uma conversa amena".
Pauderney negou que o presidente tenha feito qualquer convite a parlamentares de partidos da oposição para integrar o PMDB, em reação a um movimento do DEM na busca por ampliação de sua bancada.
Os dois partidos estariam tentando convencer parlamentares dissidentes do PSB a integrarem seus quadros na Câmara.
"Eu acho que, primeiro, foi uma falsa crise e, depois, nós entendemos que já é uma página virada esse episódio, uma vez que consta que o presidente não convidou parlamentares para ingressarem no partido dele e nem tentou dissuadir deputados a virem para o Democratas", afirmou.
O vice-líder ressaltou, no entanto, que o DEM está aberto a receber qualquer parlamentar que esteja insatisfeito em outro partido.
"Aqueles parlamentares que tiverem dificuldades nas suas siglas, nas suas legendas para exercerem livremente o seu desejo de reformar o país encontrarão abrigo no nosso partido, porque o nosso ideário contempla isso. E a convergência é muito importante de parlamentares que queiram vir para o partido, se quiserem vir, a porta está aberta", declarou.
Questionado se a adesão do partido é em favor do presidente em relação ao processo da denúncia que tramita na Câmara dos Deputados, o deputado disse que o DEM tem interesse na agenda de reformas.
"O partido está convencido de que neste momento o melhor para o país é buscar o entendimento e fazer com que estas reformas venham o mais rapidamente possível, porque não haverá espaço no Orçamento se não houver uma reforma da Previdência", afirmou.