MICHEL TEMER: quando se adota olhar de prazo mais longo para avaliar as causas da crise brasileira, fica evidente o tamanho dos desafios / Nacho Doce / Reuters
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 06h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h31.
Atos pelo Brasil
Manifestantes a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff voltaram às ruas neste domingo em pelo menos 50 cidades. Em São Paulo, a Frente Popular Sem Medo reuniu, segundo os organizadores, 60.000 pessoas para pedir a saída do presidente interino Michel Temer. O ato foi do Largo da Batata até perto da casa de Temer, no Alto de Pinheiros. Manifestantes pró-impeachment fizeram ato na Avenida Paulista.
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Temer não concorre
O presidente interino Michel Temer voltou a afirmar que não será candidato em 2018. A negativa foi uma resposta a uma entrevista do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao jornal O Estado de S. Paulo, em que diz que Temer deveria concorrer. O presidente interino foi rápido ao negar a possibilidade para acalmar a base no Congresso, numa semana que marca a volta dos trabalhos. Partidos como o PSDB consideram a ausência de Temer em 2018 como primordial para apoiar seu governo.
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O PT isolado
Em meio ao processo de impeachment, o PT deve lançar candidatos em 20 capitais, e em metade delas terá chapa pura, informa o jornal Folha de S. Paulo. O crescente isolamento do partido é causado por uma combinação de fatores: pressão da militância, rompimento com partidos que compunham a base, rejeição crescente de antigos parceiros a se aliar ao PT.
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Governo fiscaliza
O governo federal deverá ser o responsável pela fiscalização dos jogos de azar no país, segundo relatório do senador Fernando Bezerra Coelho, que será apresentado na quinta-feira. O objetivo é reduzir as desconfianças em torno da polêmica proposta de proposta de regularizar bingos e cassinos pelo país. Seu principal defensor é o senador Renan Calheiros. O texto inicial estabelecia que a fiscalização ficaria sob responsabilidade dos estados.
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Hillary acusa Rússia
A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, acusou os serviços de espionagem russos de invadirem computadores do comitê democrata, ampliando uma polêmica iniciada na semana passada. Hillary ainda disse que seu rival, o republicano Donald Trump, apoia o governo do presidente russo Vladimir Putin. Algumas das mensagens vazadas na última semana revelaram que os democratas trabalharam para favorecer Hillary em detrimento do candidato derrotado Bernie Sanders.
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Repressão turca aumenta
A Turquia destituiu neste domingo mais 1.389 membros das Forças Armadas, em mais um capítulo da repressão promovida pelo presidente Recep Tayyip Erdogan. Mais de 3.000 militares já foram expulsos desde o frustrado golpe militar do dia 15 de julho. No total, o governo já demitiu 70.000 funcionários públicos, 3.000 membros do judiciário e fechou 131 veículos de comunicação.