Universidade de Brasília: no último fim de semana foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral em um dos prédios da do campus da Asa Norte (UnB/Agência/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 29 de outubro de 2018 às 19h10.
Última atualização em 29 de outubro de 2018 às 19h17.
Um grupo de apoiadores do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), fez uma manifestação hoje (29) na Universidade de Brasília (UnB). Algumas aulas foram canceladas e houve bate-boca entre os manifestantes favoráveis a Bolsonaro e estudantes da universidade, mas, segundo a universidade, não houve confronto.
De acordo com a UnB, no último fim de semana foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral em um dos prédios da do campus da Asa Norte. Os atos incluíram a destruição de cartazes de uma exposição dos estudantes do curso de graduação em Museologia, intitulada "Se essa rua fosse mina".
A equipe da Prefeitura do Campus recolheu os adesivos e limpou as pichações e "está fazendo um levantamento das imagens das câmeras de segurança para proceder aos encaminhamentos necessários", diz em nota Administração Superior da UnB.
A instituição diz que comunicou o Ministério da Educação e pediu o apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF e da Polícia Federal, que podem ser acionadas em caso de necessidade. Solicitou também à Advocacia-Geral da União (AGU) que proponha, junto ao Poder Judiciário, medida cautelar preventiva com vistas a garantir a segurança da comunidade da UnB.
Além disso, diz que está acompanhando os posts nas redes sociais e publicações na imprensa sobre potenciais transtornos à rotina da Universidade em razão dos resultados da eleição. "A UnB repudia atos de vandalismo e reitera seu compromisso com a paz e com os valores do Estado democrático de direito, que incluem a liberdade de cátedra e de opinião, com respeito ao próximo e aos direitos humanos. A Universidade continuará com suas atividades acadêmicas e administrativas, em atenção ao cumprimento de sua missão institucional: o ensino, a pesquisa e a extensão".
Em nota, o Ministério da Educação (MEC), lamentou os casos registrados pela UnB e repudia "qualquer manifestação violenta em prédios públicos vinculados à pasta".