Praça do Relógio, na USP (Cecília Bastos /Jornal da USP/ USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2015 às 15h48.
São Paulo - Entre os atos ocorridos na manhã de hoje (29), na capital paulista, em razão do Dia Nacional da Paralisação, apenas um resultou em conflito: houve feridos e um preso durante manifestação de estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo, coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP – Sintusp- vinculado à Central Sindical CPS-Conlutas.
Depois de uma concentração, no cruzamento da rua Alvarenga com a Afrânio Peixoto, na zona sudoeste, os manifestantes tentaram bloquear o acesso à rodovia Raposo Tavares, no sentido Interior-Capital.
Houve intervenção da Polícia Militar, que, segundo o Sintusp, usou bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes.
O estudante de Ciências Sociais, Carlos Alberto dos Santos,de 27 anos, ferido na cabeça, foi detido e até por volta das 13h ainda prestava depoimento no 34º Distrito Policial (DP).
O diretor do Sintusp, Magno de Carvalho, informou que pelo menos dez pessoas ficaram feridas. Esse número não foi confirmado pelo 34º DP, que registrou apenas um ferido.
Por meio de nota, o Sintusp argumentou que a “manifestação ocorria pacificamente, quando a força policial reprimiu o ato”.
O comunicado revela que, entre os feridos, estavam duas mulheres e que uma delas recebeu socos no rosto, foi jogada no chão e pisoteada.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), informou que o secretário (da SSP) Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de um dos policiais flagrado atirando da viatura.
“O procedimento em questão foi totalmente irregular”, diz o comunicado, acrescendo que a conduta dos policiais será objeto de apuração.
Por meio da nota, a Secretaria alegou que a PM está atuando nas várias manifestações para reduzir o impacto dos atos na rotina das pessoas e que, em especial, neste episódio foram usados “os meios necessários que o cruzamento não fosse fechado pelos manifestantes”.
Os atos das centrais sindicais fazem ocorrem em protesto contra a regulamentação do Projeto de Lei 4.330/2004, que estabelece novos critérios para as atividades de terceirização no país.