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Quando acaba a onda de calor? Temperaturas devem começar a cair na sexta; veja previsão

Temperatura alta só deve dar algum alívio na quinta-feira

Calor: Uma massa de ar quente e úmida vai favorecer temporais no Sul do país até o meio da semana (ROBERTO CASIMIRO/Estadão Conteúdo)

Calor: Uma massa de ar quente e úmida vai favorecer temporais no Sul do país até o meio da semana (ROBERTO CASIMIRO/Estadão Conteúdo)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de março de 2024 às 06h36.

Última atualização em 18 de março de 2024 às 06h51.

O calor do último fim de semana do verão bateu recordes ontem no Rio e em São Paulo, como efeito de uma onda que deve terminar hoje na maior parte dos estados do Centro-Sul — mas não nas duas maiores cidades do país. Em ambas, a temperatura alta que lotou praias cariocas, e piscinas públicas e parques na capital paulista, só deve dar algum alívio na quinta-feira, quando uma frente fria vai começar a provocar chuvas a partir da Região Sul.

Uma massa de ar quente e úmida vai favorecer temporais no Sul do país até o meio da semana. A umidade e o ar quente no Sudeste também devem favorecer temporais isolados, com alagamentos e inundações, segundo a empresa de monitoramento do clima MetSul. Mas o fator mais preocupante é a frente fria a partir de quarta-feira. Esses fenômenos fazem a semana ser de alto risco meteorológico.

A sensação térmica no Rio chegou ontem a 62,3°C em Guaratiba, segundo o Centro de Operações Rio (COR). Foi o maior patamar desde 2014, quando começaram as medições. Em São Paulo, a máxima de 34,7°C foi a maior para março desde 1943.

Na orla do Rio, o sol até afastou os praticantes de altinha e de outros esportes da areia. O casal Ana Paula Duran e Michal Duran optou por trocar a canga pela cadeira de praia.

— A gente gosta de forrar o chão e ficar deitado. Mas hoje não dá — disse Ana.

Em São Paulo, a piscina do Sesc Belenzinho, uma das mais procuradas nos dias quentes, atingiu sua capacidade máxima ao meio-dia. Segundo a prefeitura, as piscinas dos 45 centros educacionais unificados receberam mais de 23 mil pessoas no fim de semana.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) calculou uma alta de 25% a 30% no faturamento entre sexta-feira e ontem, na comparação com o mesmo período da semana anterior.

Mas o calor trouxe prejuízo a parte dos estabelecimentos da Rua 25 de Março, maior centro popular de compras da América Latina, afetados por um corte no fornecimento de energia no fim de semana. O comerciante Flavio Cazarine, de 44 anos, contou que a falta de ar-condicionado afastou clientes e prejudicou uma de suas lojas de produtos eletrônicos.

— Não tivemos como usar o ar-condicionado, e alguns clientes e funcionários passaram mal. Houve uma queda de quase 50% do faturamento esperado para os dois dias — contou.

Montadas para distribuir água e frutas em dias de calor, as dez tendas da Operação Altas Temperaturas, da prefeitura paulistana, fizeram 25,3 mil atendimentos no sábado e 19,1 mil ontem. A maior demanda foi em Santo Amaro, na Zona Sul.

Até quando vai a onda de calor?

Na previsão quinzenal da Climatempo, é possível observar a queda nas temperaturas nas capitais dos principais Estados afetados pela onda. As do Sudeste devem ter uma queda brusca entre a quinta, 21, e a sexta, 22.

Na capital paulista, a quarta deve ter máxima de 32°C e mínima de 23°C. Na quinta, 32°C e 24°C. Na sexta, a queda é brusca com máxima de 24°C e mínima de 19°C.

Em Vitória, capital do Espírito Santo, a temperatura na quarta fica entre 24°C e 36°C. Na quinta, 25°C e 36°C. Na sexta, 24°C e 28°C.

Na capital mineira, Belo Horizonte, a quarta deve ter máxima de 32°C e mínima de 22°C. Na quinta, 33°C e 22°C. Na sexta, a máxima de 26°C e mínima de 21°C.

No Rio, a temperatura na quarta fica entre 24°C e 37°C. Na quinta, 25°C e 39°C. Na sexta, 24°C e 29°C.

O que diz o Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) colocou mais de 1,6 mil municípios de partes de Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás em alerta de “grande perigo” para onda de calor. A classificação de risco passou a valer no sábado, 16, e dura até o final da tarde da segunda-feira, 18.

O alerta máximo do Inmet vale para 556 municípios que estão no norte do Paraná; sul, leste e centro-norte mato-grossense; e as regiões paulistas de Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Piracicaba, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, Araraquara e Bauru. A Região Metropolitana, Vale do Paraíba e o litoral sul de SP estão em alerta de perigo potencial.

Veja a previsão para este domingo em todas as capitais, segundo o Inmet:

Região Norte

  • Manaus - mínima de 24°C e máxima de 32°C
  • Rio Branco - mínima de 23°C e máxima de 31ºC
  • Porto Velho - mínima de 23°C e máxima de 29°C
  • Belém - mínima de 24°C e máxima de 32°C
  • Macapá - mínima de 25°C e máxima de 32°C
  • Palmas - mínima de 22°C e máxima de 32°C
  • Boa Vista - mínima de 26°C e máxima de 38°C

Região Nordeste

  • Salvador - mínima de 24°C e máxima de 33°C
  • Recife - mínima de 26°C e máxima de 32°C
  • Aracaju - mínima de 27°C e máxima de 32°C
  • Maceió - mínima de 25°C e máxima de 33°C
  • Fortaleza - mínima de 24°C e máxima de 30°C
  • Teresina - mínima de 25°C e máxima de 33°C
  • São Luís - mínima de 23°C e máxima de 39°C
  • Natal - mínima de 25°C e máxima de 31°C
  • João Pessoa - mínima de 25°C e máxima de 32°C

Região Sudeste

  • São Paulo - mínima de 24°C e máxima de 35°C
  • Rio de Janeiro - mínima de 23°C e máxima de 39°C
  • Vitória - mínima de 25°C e máxima de 36°C
  • Belo Horizonte - mínima de 20°C e máxima de 34°C

Região Centro-Oeste

  • Goiânia - mínima de 22°C e máxima de 33°C
  • Cuiabá - mínima de 28°C e máxima de 37°C
  • Campo Grande - mínima de 23°C e máxima de 34°C
  • Brasília - mínima de 19°C e máxima de 30°C

Região Sul

  • Curitiba - mínima de 22°C e máxima de 33°C
  • Florianópolis - mínima de 24°C e máxima de 29°C
  • Porto Alegre - mínima de 22°C e máxima de 28°C
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