Lula: grupo de elite da Polícia Civil do Paraná reforça as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do petista (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de março de 2018 às 20h51.
Brasíia - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcisio Vieira de Carvalho, disse nesta quarta-feira, 28, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um "atentado à democracia".
"O debate democrático não comporta violência dessa natureza. Isso é um atentado à democracia, às instituições republicanas e ao império da lei", disse Carvalho.
Lula cancelou sua passagem por Guarapuava (PR) na manhã desta quarta-feira após o ataque a dois ônibus de sua caravana na última terça-feira, na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, informou o diretório municipal do PT de Guarapuava.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) deslocou para Laranjeiras do Sul duas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), grupo de elite da Polícia Civil do Estado, para reforçar as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do petista.
O ministro do TSE também comentou as ameaças feitas contra o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Para Tarcisio, o episódio marca uma "lesão à instituição do STF, uma tentativa de golpe fatal no Estado democrático de direito".
Em entrevista ao jornalista Roberto D'Ávila, exibida na terça-feira, 27, à noite pela GloboNews, Fachin disse que "uma das preocupações que eu tenho não é só com o julgamento, mas também com a segurança de membros de minha família". "Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família", afirmou Fachin.
Em nota, o STF informou que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente de Fachin.