Abrasel-SP: associação planeja entrar com duas ações judicais (Jonne Roriz/Bloomberg via/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 13h28.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP) considera o aumento de restrições ao funcionamento de bares e restaurantes, anunciadas pelo governo do Estado e que devem ser aplicadas a partir do dia 12 de dezembro, injustas e improdutivas, além de apontar para uma falsa causa do agravamento da contaminação.
A Abrasel-SP informa que para preservar e resguardar os direitos do setor de alimentação fora do lar, os advogados da entidade irão propor duas ações judiciais. A primeira, nesta segunda-feira (14), voltada a suspender a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos restaurantes, e a outra na terça-feira (15) para suspender as restrições abusivas.
A Abrasel-SP diz que irá mobilizar o setor para esclarecer a população e solicitar que o governo permita a volta às restrições anteriores, e a liberação das mesas nas calçadas.
"Basta dizer que a média de pessoas que tiveram acesso aos estabelecimentos antes do aumento das restrições, não chegava a 30 clientes", afirma a entidade em nota. A Abrasel lembra que o acesso era permitido somente com o uso de máscara, após leitura de temperatura, e com álcool gel disponível, mesas distanciadas uma da outra, advertências nas paredes e mesas, 60% de ocupação de assentos, e encerramento das atividades às 23h.
"O setor está extremamente fragilizado, na capital cerca de 12 mil estabelecimentos fecharam as portas em definitivo e no estado 50 mil, são dados alarmantes. E no final de ano, aqueles que resistiram, esperavam ter receita para pagar 13º salário, bancos, locador, fornecedores, energia e dezenas de contas acumuladas", ressalta.