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Assessor é readmitido por novo ministro

O assessor Anderson Brito é alvo da Operação Esopo da PF


	Manoel Dias: o assessor havia sido dispensado na gestão anterior por direcionar os recursos de um convênio a um instituto
 (Elza Fiúza/ABr)

Manoel Dias: o assessor havia sido dispensado na gestão anterior por direcionar os recursos de um convênio a um instituto (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 14h59.

Brasília - Alvo da Operação Esopo da Polícia Federal, o assessor Anderson Brito foi readmitido pelo ministro Manoel Dias (PDT-SC) depois de ser dispensado, na gestão anterior, por suspeita de beneficiar o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC).

Titular do ministério até março, o ex-ministro Brizola Neto (PDT-RJ) disse ontem, 9, à reportagem, que havia demitido Brito ao detectar suposta operação para direcionar os recursos de um convênio à entidade.

Segundo Brizola, o favorecimento ao IMDC começou quando o ministério firmou convênio com a Universidade Federal de Juiz de Fora para qualificar profissionais necessários aos serviços da Copa do Mundo.

Cerca de R$ 22 milhões chegaram a ser repassados à instituição. As regras da parceria previam, contudo, que a universidade deveria terceirizar os serviços a uma entidade ou empresa.

O ex-ministro explica: "Nós demitimos, exoneramos, porque justamente pairava sobre ele a suspeita de estar induzindo o reitor da UFJF a fazer um edital completamente equivocado, que, na prática, direcionava um convênio para esse instituto, o IMDC. Cancelamos (o convênio), a universidade devolveu o dinheiro, e demitimos. Para minha surpresa, o Anderson foi readmitido".

Denúncias. O ex-ministro Carlos Lupi pediu demissão em dezembro de 2011, em meio a denúncias de irregularidades no ministério. Interinamente, ficou em seu lugar o número 2, Paulo Pinto. Brizola o sucedeu em maio de 2012, mas, sem poder no PDT, deu lugar a Manoel Dias, apadrinhado de Lupi. Em troca, o partido daria apoio à presidente Dilma Rousseff em 2014.


Dias reassumiu a chefia do MTE em março passado e reabilitou Paulo Pinto, embora a CGU já apontasse o envolvimento dele em irregularidades, como revelou a reportagem. Brizola disse ontem ter ficado surpreso com o volume de recursos sob suspeita de desvio.

"Agora está mais claro quais eram as divergências que eu tinha com o Lupi e com a direção do PDT. Uma das questões importantes, quando eu assumi, era colocar o Paulo Pinto como secretário. Não tinha como compactuar com aquelas suspeitas que pairavam sobre ele. Agora, a gente está vendo o resultado", disse o ex-ministro.

O reitor da UFJF, Henrique Duque de Miranda, disse que as regras do edital foram sugeridas pelo MTE e que, após solicitação, a universidade concordou com o cancelamento da parceria. Segundo ele, a terceirização não era de interesse da instituição, que não tinha, naquele momento, condições de executar as atribuições previstas.

A reportagem não conseguiu contato ontem com Lupi e Paulo Pinto. Também não conseguiu localizar o advogado de Anderson Brito. Apesar da expectativa, ontem, de que Paulo Pinto pedisse afastamento do cargo, ele permaneceu na função.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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