Já é o terceiro caso de vítimas incendiadas após assaltos em menos de dois meses (Stock.Xchange)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Um analista financeiro de 50 anos teve o corpo queimado durante um assalto na noite dessa sexta-feira, 7, na zona sul da capital paulista. Os criminosos acharam que o analista tinha pouco dinheiro. Eles também atearam fogo no carro da vítima, que conseguiu fugir e ser socorrida. O homem permanece internado.
Já é o terceiro caso de vítimas incendiadas após assaltos em menos de dois meses. Dois dentistas, em São Bernardo do Campo, no ABC, e em São José dos Campos, morreram após ataques como esse.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o analista foi abordado por dois bandidos nas proximidades da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini quando saia do carro, uma Pajero prata. Eram por volta de 21h30. Ele seguia para uma agência bancária, mas os criminosos exigiram que voltasse para o veículo e, com ele no banco de trás, saíram em disparada.
Enquanto um dos criminosos assumiu a direção do carro, o segundo atirava sobre a vítima um líquido inflamável e, durante o percurso, ameaçava com um isqueiro atear fogo em seu corpo. O analista contaria mais tarde para a polícia, já no hospital, que informou aos bandidos que só tinha R$ 100. A dupla não se deu por satisfeita e botou fogo na vítima.
Em pânico, ainda segundo informações da polícia, o analista se jogou do carro em movimento com o corpo em chamas, próximo da ponte do Morumbi, e pediu ajuda a um taxista. Foi levado ao Hospital São Luis, no Morumbi, e permanece internado. Foram constatadas lesões corporais e queimaduras nas mãos, braços, pescoço e rosto. A família não autorizou que o hospital informasse detalhes sobre o estado de saúde da vítima.
Quando a Polícia Militar foi acionada, encontrou o Pajero em chamas na Rua Professor Santiago Dantas, esquina com a Rua Francisco Tramontano, próximo à favela Real Parque, também na zona sul. Policiais do 89.º DP foram ao local e não encontraram testemunhas ou câmeras de circuito interno que possam identificar os criminosos. Conversaram com a vítima no hospital, que teria informado que os bandidos não portavam arma de fogo. O caso foi registrado no 89 DP. O carro foi periciado e depois retirado do local.