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As últimas 48 horas cruciais para definir as eleições municipais de 2020

Partidos têm até a quarta-feira para escolher os candidatos. Enquanto São Paulo está embolado, Rio de Janeiro tem série de escândalos de corrupção

Urnas eletrônicas (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Urnas eletrônicas (Rodolfo Buhrer/Reuters)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 06h35.

A 48 horas do fim do prazo para os partidos definirem candidatos e coligações nas eleições municipais de 2020, o cenário está praticamente definido nas maiores capitais do Brasil. Muitos prefeitos vão tentar a reeleição ou indicaram seus sucessores. O PSL, que elegeu o presidente Bolsonaro em 2018, não deve ter um candidato com reais chances de vencer, segundo as principais e mais recentes pesquisas de intenção de voto.

Na maior cidade do país, São Paulo, Bruno Covas (PSDB) tenta a reeleição e o Republicanos ainda vai confirmar Celso Russomano na convenção que será realizada na quarta-feira, 16, prazo final de definições. Na última pesquisa de intenção de votos, o atual prefeito está na frente, com 16%, e logo atrás estão embolados, Guilherme Boulos (PSOL), com 12,4%, Russomanno, com 12,3%, e Márcio França (PSB), com 11,5%.

No Rio de Janeiro, a disputa entre os dois principais candidatos envolve investigações e escândalos de corrupção. Marcelo Crivella (Republicanos) foi alvo de operação do Ministério Público e da Polícia Civil, na semana passada. Além disso, enfrenta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. Já Eduardo Paes (DEM), que foi prefeito do Rio por duas vezes, virou réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Quem também tenta a reeleição é Alexandre Kalil (PSD), em Belo Horizonte. De acordo com pesquisas mais recentes, a capital mineira não deve ter segundo turno e reeleger o atual prefeito. O partido Novo, do governador Romeu Zema, escolheu Rodrigo Paiva para disputar a prefeitura da capital mineira.

Outro candidato que não deve enfrentar dificuldades para se reeleger é Rafael Greca (DEM), atual prefeito de Curitiba. Após a desistência do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) e do deputado federal Ney Leprevost (PSD), tudo indica que os curitibanos vão elegê-lo ainda no primeiro turno.

Continuando na região Sul, em Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) tenta reeleição mas enfrenta um processo de  impeachment tramitando na Câmara de Vereadores. A principal oponente é  Manuela d’Ávila (PCdoB), que foi candidata a vice na chapa com Fernando Haddad para a presidência, em 2018.

Em Salvador, ACM Neto (DEM), atual prefeito, indicou o vice, Bruno Reis para concorrer à prefeitura da capital baiana. Outra força política dominante no estado, o governador Rui Costa (PT) indicou major Denice. 

Na capital cearense, a rivalidade deve ficar entre a candidata do PT e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e José Sarto Nogueira (PDT), presidente da Assembleia Legislativa do Ceará. Luizianne é apoiada pelo governador Camilo Santana, enquanto Sarto representa o "Cirismo" e é indicado pelo atual prefeito Roberto Claudio.

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