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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h30.
Uma das principais críticas que se faz ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é que seu horizonte -- de quatro anos -- é estreito demais para atacar os principais gargalos da infra-estrutura, cujas obras mais importantes têm prazo de execução mais longo que o mandato de um governo. A recente escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014, no entanto, deve obrigar o país a realizar uma série de novos investimentos. Segundo estimativas dos especialistas, serão necessários no mínimo 5 bilhões de dólares para preparar o país para o torneio. "Vamos precisar do PAC 2 ou de um PAC específico para a Copa", diz o engenheiro José Roberto Bernasconi, presidente nacional do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco). Segundo ele, tomando como referência outros países que sediaram grandes eventos esportivos, o Brasil terá oportunidade única de obter financiamentos e atrair investimentos para melhorar a infra-estrutura das cidades que vão abrigar os jogos. Em todas elas será preciso melhorar a infra-estrutura de transportes, saneamento, energia e telecomunicações, além dos estádios e do complexo hoteleiro. Para Bernasconi, o Brasil deve aprender com os erros que come teu na organização dos Jogos Pan-Americanos deste ano. "O estádio do Engenhão, construído especialmente para o evento no Rio de Janeiro, é magnífico, mas seu entorno não mudou nada", diz o engenheiro. "É preciso aproveitar a Copa para melhorar não só os estádios mas toda a infra-estrutura."