São Paulo – Mais uma vez, o centro das polêmicas no universo político foi o presidente da
Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (
PMDB). A semana ficou marcada pelas manobras de Cunha para postergar o seu próprio processo de cassação que corre no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da casa. Cunha fez uso dos poderes de seu posto, do regimento da casa e de ação de aliados para atrasar a tramitação do pedido aberto pelo
PSOL e
Rede. Primeiro, sua bancada de apoio tentou esvaziar a reunião de apresentação do parecer preliminar do relator do caso, o deputado Fausto Pinato (
PRB), que pedia investigação contra o presidente. O objetivo era derrubá-la por falta de quórum. Deputados do
PT que fazem parte do Conselho não aparecerem, contrariando o posicionamento inicial do partido. No início das conversas sobre a deposição de Cunha, foram 37 petistas entre os 50 deputados que assinaram moção de apoio ao processo de cassação do peemedebista. Atingido o número mínimo de deputados, André Moura (PSC), Manoel Jr. (PMDB) e Paulinho da Força (SD), aliados de Cunha, tentaram a todo custo cancelar a reunião, alegando especialmente a falta de quórum no tempo limite de espera de 30 minutos da convocação. Iniciada a reunião, Cunha abriu a “ordem do dia”, período de votação em plenário que cancela quaisquer reuniões paralelas. Em plenário, aliados requisitaramo cancelamento da reunião do Conselho de Ética, pedido acatado pela Mesa Diretora. A reação de parlamentares gerou um bombardeio de ataques ao presidente da Câmara, acusado de manobrar com o regimento interno e de ilegítimo no cargo. O ápice foi a frase de Mara Gabrilli (
PSDB) que se vê na sequência. Corra pelos slides para conferir outras frases que marcaram a semana.