Manifestante levanta as mãos em frente a cordão policial (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2015 às 22h20.
São Paulo - O primeiro protesto contra o aumento das passagens de ônibus e metrô em São Paulo, realizado ontem, foi marcado por depredações em agências bancárias, detenções e repressão policial. Cinquenta e uma pessoas foram detidas, de acordo com a Polícia Militar.
Segundo a PM, 2 mil pessoas participaram da manifestação, número bem menor que os 30 mil presentes estimados pelo Movimento Passe Livre (MPL), que organizou o protesto.
A manifestação começou no Theatro Municipal, no centro da cidade, às 18h30, com o objetivo de terminar na praça do Ciclista, no cruzamento com a avenida Paulista.
De acordo com a PM, no protesto, um ônibus foi incendiado, uma concessionária depredada e uma viatura foi atacada por black blocks, o que justificaria a ação policial.
Já o MPL afirmou que a PM perseguiu alguns manifestantes que seguiam agrupados, cercaram e fizeram prisões. Em nota, o movimento disse também que a PM reprimiu o ato de forma violenta e “que lançou bombas de gás, bombas de estilhaço mutilante e atirou com balas de borracha para impedir que a marcha chegasse à Avenida Paulista”
Na rua da Consolação, por volta das 19h30, houve confronto. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e dispersaram os manifestantes pela própria via e por ruas transversais. As estações Trianon e Consolação do metrô foram fechadas durante a confusão.
O protesto foi encerrado pelo MPL por volta das 21h.
Uma nova manifestação está marcada para a próxima sexta-feira, 16.