São Paulo – Em menos de um mês de trabalho, nove pedidos de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) já foram feitos na
Câmara dos Deputados em 2015. Desses nove, apenas um foi aceito pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): o da CPI que vai investigar a
Petrobras. Os demais pedidos aguardam uma decisão, que deve vir só na semana que vem, quando a Câmara retoma os trabalhos após o
feriado de Carnaval. Pelo regimento, apenas cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Portanto, a disputa agora será para saber quais investigações ficarão de fora. Outra regra diz que, para haver comissão, é preciso que exista um “fato determinado” a ser investigado. A oposição entrou com dois pedidos de investigação: Petrobras e Setor Elétrico. O primeiro foi aceito, mas o segundo pode não sair do papel. A assessoria técnica da Câmara já recomendou que o presidente da Casa rejeite o pedido, por não haver fato determinado a ser investigado. Já os deputados do PT fizeram quatro requerimentos, todos ligados ao tema da violência. Dois desses pedidos – o da CPI da Violência e o da CPI da Morte de Jovens Negros – trazem textos com parágrafos praticamente iguais. Há ainda requerimentos feitos pelo PMDB, PSOL e PP. O pedido que teve o maior número de assinaturas foi da CPI da Máfia das Próteses, protocolado pelo PMDB, com 225 nomes. Um requerimento de CPI precisa ter no mínimo 171 assinaturas de deputados para ser analisado. Veja nas fotos acima as CPIs que podem ocupar o debate no Congresso nos próximos meses.