CANDIDATOS EM SP: ataques ganharam força na reta final de campanha / Divulgação
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2016 às 18h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.
Os debates municipais, realizados na noite de ontem, foram de ataques e poucas propostas Brasil afora. Em São Paulo, o debate teve dobradinha de Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) para atacar Fernando Haddad (PT) e Celso Russomanno (PRB). Haddad foi alvo por não ter entregue todas as promessas de campanha. Marta citou processos trabalhistas contra Russomanno. Haddad chamou os adversários de demagogos.
No Rio, como se esperava, Pedro Paulo (PMDB) foi o principal alvo dos ataques, principalmente de Jandira Feghali (PCdoB). A candidata ainda causou constrangimento no estúdio ao dizer, em sua primeira participação, que a Rede Globo, que organizava o debate, apoio “um golpe contra a democracia”. Pedro Paulo, por sua vez, concentrou os ataques em Marcelo Crivella (PRB), a quem, mais uma vez, se referiu como bispo. No Recife, em Porto Alegre e em Fortaleza, os líderes nas corridas também foram alvos de ataques.
O clima nos estúdios refletiu a intensificação da disputa nos últimos dias. Nesta quinta-feira, a rádio CBN divulgou que João Doria, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, é alvo de ações trabalhistas de seis ex-seguranças que trabalharam para a Doria Associados em 2012 e 2013. Na terça, o Ministério Público do Estado já havia pedido a cassação de sua chapa por abuso de poder econômico nas prévias do PSDB.
Ainda em São Paulo, o jornal Folha de S. Paulo revelou que a campanha de 2012 de Fernando Haddad (PT) usou dinheiro de propina da Petrobras para pagar uma gráfica de fachada do ex-deputado estadual petista Francisco Carlos de Souza. No Rio, foi revelado que Valdinei Medina da Silva, assessor do candidato Marcelo Freixo (PSOL), foi condenado pela Lei Maria da Penha, tema levado para o debate por Pedro Paulo. Propostas para resolver os graves problemas de saúde, transporte, segurança e educação, e para fazer das cidades brasileiras mais competitivas, infelizmente, ficaram longe das discussões. Pior para o eleitor.