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Artigo sobre Serra é retirado de site de revista

O artigo levanta suspeita sobre a origem dos bens do ex-governador, dizendo que "de origem humilde, o tucano paulista exibe patrimônio incompatível com os rendimentos de um político"

A resenha afirma que Serra "é quem tem a imagem mais chamuscada" no livro (Sérgio Andrade/Governo de SP)

A resenha afirma que Serra "é quem tem a imagem mais chamuscada" no livro (Sérgio Andrade/Governo de SP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 14h09.

Rio - Motivo de protestos do PSDB por causa dos ataques ao ex-governador José Serra, o artigo "O jornalismo não morreu" foi retirado, na última segunda-feira, do site da Revista de História da Biblioteca Nacional. A resenha diz que o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, "prova que a reportagem de investigação está viva e José Serra, aparentemente, morto". Também elogia o livro por "jogar uma pá de cal na aura de honestidade de certos tucanos". A revista tem patrocínio da Petrobrás e do Governo Federal.

A Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin), responsável pela revista impressa e pelo site, afirmou que a publicação da resenha foi "um erro". "Todos os textos do site e da revista são avaliados internamente pelos editores, o que não ocorreu (...). Por essa falha, apresentamos nossas desculpas aos que se sentiram ofendidos", diz a carta assinada pelo presidente da Sabin, Jean-Louis de Lacerda Soares.

Segundo Lacerda Soares, o artigo "contraria a linha editorial da revista, que não defende posições político-partidárias". A resenha afirma que Serra "é quem tem a imagem mais chamuscada" no livro. O artigo levanta suspeita sobre a origem dos bens do ex-governador, dizendo que "de origem humilde, o tucano paulista exibe patrimônio incompatível com os rendimentos de um político". Fala ainda no "propinoduto que marcou a venda das empresas de telecomunicação", durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Na segunda-feira, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), mandou carta de protesto à ministra da Cultura, Ana de Holanda, e aos editores da revista. O expediente da publicação traz os nomes da presidente Dilma Rousseff e das principais autoridades do Ministério da Cultura.

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