Chioro: "O perigo aumentou. Ele agora é duplo, mas a nossa responsabilidade aumentou mais ainda" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 14h44.
São Paulo - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, iniciou no sábado, 6, uma campanha nacional de mobilização contra a dengue e a chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A campanha, que custará R$ 12,5 milhões ao ministério, começou no Rio porque o município liderou o movimento de retração do número de casos de dengue no país.
Em 2008, foram registradas na cidade 120 mil casos e, neste ano, foram 2,8 mil, uma queda de 97%, no período.
Em todo o Brasil, a redução, no mesmo intervalo de tempo, foi de 61%, enquanto o número de óbitos caiu 39%. Durante a cerimônia que marcou o "Dia D contra a dengue e a febre chikungunya", Chioro ressaltou avanços, mas reconheceu a dificuldade de controlar a reprodução do mosquito, que, agora, propaga mais uma doença, além da febre amarela e dos diferentes tipos de dengue.
A chikungunya não leva à morte, como a dengue hemorrágica, mas, em compensação, pode gerar dores nas articulações do corpo por meses, e, em alguns casos, até anos.
"O perigo aumentou. Ele agora é duplo, mas a nossa responsabilidade aumentou mais ainda", disse Chioro.
A ação do ministro, ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), no bairro do Catumbi, zona central da cidade, foi de conscientização da população para o combate ao mosquito.
Por cerca de meia hora, Chioro, o prefeito e sua equipe da secretaria de saúde percorreram as ruas do bairro.
O ministro visitou a casa de Carminda Ferreira Caetano, 86 anos, para entregar à moradora um exemplar da cartilha que será distribuída em todo o País, com orientações para evitar a reprodução do Aedes aegypti.
"Cuido da minha casa, para evitar o mosquito, mas nem por isso deixo de conversar com os vizinhos", afirmou Carminda.