A presidente Dilma Rousseff: Brasil deve intensificar negócios com a Argentina (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 07h03.
Brasília - Os governos do Brasil e da Argentina programaram um calendário de missões comerciais conjuntas por vários países na tentativa de atingir US$ 10 bilhões por ano, segundo informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino. O subsecretário de Comércio Internacional da Argentina, Ariel Schale, disse que os esforços são para aumentar os valores já este ano, a partir do envio de seis missões comerciais.
O primeiro país a ser visitado pela missão conjunta é Angola, segundo o subsecretário. De acordo com Schale, só o Brasil planeja 177 missões ao longo deste ano para reforçar o comércio. Uma das ideias é negociar produtos a granel, como exemplo Schale citou o açúcar oriundo do Golfo Pérsico que pode ser comercializado em parceria com o Brasil chegando a 500 mil toneladas por ano.
Globalmente, a estratégia é intensificar as relações da Argentina com os quatro maiores países emergentes: China, Brasil, Índia e Rússia – que integram os BRIC. "Estimamos que a promoção e venda em conjunto para atender às demandas em larga escala nos países emergentes podem aumentar as exportações totais de US$ 10 bilhões por ano", afirmou Schale.
No próximo mês, uma missão com uma delegação de arquitetos e engenheiros argentinos viajará para o Rio de Janeiro para participar da licitação em canteiros de obras por um total de US$ 13 milhões.
As obras, que serão objeto de licitação, fazem parte do calendário da Copa do Mundo em 2014, e as Olimpíadas em 2016. A mesma missão seguirá para a China, onde estão previstos vários eventos na área de vestimentas e calçado, além de biotecnologia e máquinas agrícolas e produtos farmacêuticos e de saúde .
O acordo para intensificar a parceria foi negociado durante a visita da presidenta Dilma Rousseff, no último dia 31 à Argentina. Na visita, Dilma elogiou a importância do relacionamento entre os dois principais parceiros do Mercosul – Brasil e Argentina.