Brasil

Área onde prédios desabaram no Rio é dominada por milícias

Prefeitura do Rio confirmou que os prédios que desabaram são irregulares e estavam interditados desde novembro de 2018

Comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio, onde dois prédios desabaram nesta sexta-feira, 12, é uma área sob o domínio de milícias (Ricardo Moraes/Reuters)

Comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio, onde dois prédios desabaram nesta sexta-feira, 12, é uma área sob o domínio de milícias (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2019 às 10h55.

Rio e São Paulo - A comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio, onde dois prédios desabaram nesta sexta-feira, 12, é uma área sob o domínio de milícias - grupos paramilitares formados por PMs, militares, agentes penitenciários e civis, que exploram ilegalmente vários negócios. Um dos mais conhecidos seria o da construção irregular. A Prefeitura do Rio confirmou que os prédios que desabaram são irregulares e estavam interditados desde novembro de 2018.

Segundo a Prefeitura, por se tratar de área dominada por milícia, os técnicos da fiscalização municipal necessitam de apoio da Polícia Militar para realizar operações no local. Foi o que aconteceu em novembro de 2018, quando várias construções irregulares foram interditadas e embargadas pela administração municipal. "A região é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e os prédios ali construídos não respeitam a legislação em vigor", informou a Prefeitura, em nota.

Pelo menos duas pessoas morreram e três ficaram feridas no desabamento dos dois prédios. Os bombeiros trabalham nos escombros com uma lista de 17 nomes de pessoas que estariam desaparecidas.

O Corpo de Bombeiros isolou a área da tragédia porque outros prédios do entorno estariam em risco iminente de desmoronamento. A região foi uma das mais duramente atingidas pelo temporal que atingiu a cidade no início da semana. A Prefeitura decretou estado de calamidade.

Diversos órgãos municipais estão com equipes mobilizadas atuando no local. A Defesa Civil Municipal auxilia no socorro às vítimas com o Corpo de Bombeiros e apoio da Guarda Municipal e da CET-Rio, que orienta as interdições do trânsito nas ruas de entorno e na Estrada de Jacarepaguá para facilitar o resgate. A Secretaria Municipal de Saúde informa que os hospitais da região foram acionados para receber os feridos.

Acompanhe tudo sobre:ChuvasMortesRio de Janeiro

Mais de Brasil

Acidente em MG: Motorista de carreta envolvida em tragédia se entrega após passar dois dias foragido

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão